2 de mai. de 2011

Polêmica sobre livros didáticos aprovados pelo MEC

Fonte: Folha de S. Paulo. Data: 01/05/2011.
Autores: Por Luiza Bandeira e Rodrigo Vizeu.
Livros didáticos aprovados pelo MEC para alunos do ensino fundamental trazem críticas ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e elogios à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma das exigências do MEC para aprovar os livros é que não haja doutrinação política nas obras utilizadas. O livro História e vida integrada, por exemplo, enumera problemas do governo FHC (1995-2002), como crise cambial e apagão, e traz críticas às privatizações. Já em relação ao governo Lula (2003-2010), o livro cita a "festa popular" da posse e diz que o petista "inovou no estilo de governar" ao criar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. A Folha não conseguiu falar com os autores da obra. Os livros aprovados pelo MEC no Programa Nacional do Livro Didático são inscritos pelas editoras e avaliados por uma comissão de professores. Hoje, 97% da rede pública usa livros do programa.

Fonte: Folha de S. Paulo. Data: 01/05/2011.
O Ministério da Educação não comentou o tratamento dado a FHC e Lula nos livros. Em nota, listou os critérios técnicos que usa para aprovar os livros, como o que veta obras que "fizerem doutrinação religiosa ou política". A autora Joelza Ester Rodrigues, do livro História em documento, da editora FTD, afirmou que seu livro é imparcial. Ela disse que detalhou as alianças com "conservadores" só no caso de FHC porque o contexto do livro deixa pressuposto que os "partidos adversários" aos quais o PT se aliou também eram conservadores. A Abril Educação, que controla as editoras Ática e Scipione, afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que tem uma "política voltada à pluralidade de seus autores e à independência e excelência editoriais".

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