28 de dez. de 2014

Brasil tem uma biblioteca pública para cada 33 mil habitantes



Fonte: Portal G1. Data: 2/11/2014.

URL: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2014/11/brasil-tem-uma-biblioteca-publica-para-cada-33-mil-habitantes.html

Índice é o mesmo de cinco anos atrás; dados são do Ministério da Cultura. Tocantins é o estado com a maior oferta; Rio de Janeiro tem a pior taxa.

O Brasil tem uma biblioteca pública para cada 33 mil habitantes, em média. São 6.148 no país. É o que mostra levantamento feito pelo G1 com base nos dados do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, do Ministério da Cultura, atualizados neste segundo semestre.
O índice é o mesmo de cinco anos atrás. Apesar de terem sido criados mais espaços no período, o aumento da oferta não foi maior que a taxa de crescimento da população.
A meta do governo de zerar o número de municípios sem bibliotecas também não foi alcançada ainda. Hoje, 115 cidades ainda não contam com o equipamento de cultura. Em 2009, eram 361
A presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), Regina Célia de Sousa, diz que os dados não refletem a realidade, ainda mais crítica. “Há casos em que a biblioteca é listada no sistema, mas ela está fechada.” O conselho diz que não estão em funcionamento várias das bibliotecas listadas no site do governo federal.
“Em muitos estados, o que existem são apenas espaços com amontoados de livros sem nenhum tipo de controle, organização, serviço e produtos para a sociedade. Estão lá apenas para justificar as verbas recebidas”, afirma a presidente do CFB. “É difícil encontrar nas bibliotecas públicas do país espaços prazerosos, com um acervo atualizado, e isso é fundamental para que a população frequente os espaços.”
Na semana passada, foi comemorado o Dia Nacional do Livro. Segundo o Instituto Pró-Livro, 76% dos brasileiros não frequentam bibliotecas. Dados da associação mostram também que 50% das pessoas com mais de 5 anos não praticam o hábito da leitura no Brasil – mais da metade diz que a falta de tempo é um dos principais motivos.
Para Regina Célia, um outro problema é a falta de profissionais qualificados atuando nos espaços. “Grande parte não conta com um bibliotecário, que tem um papel fundamental. Além de gerir bases de dados e desenvolver produtos e serviços de qualidade à população, ele atua com mediação e rodas de leitura, com a hora do conto”, diz.
Diferenças regionais
O estado com a maior oferta de espaços por habitante é o Tocantins. São 141 bibliotecas – uma para cada 10 mil pessoas. Já o Rio de Janeiro registra o pior índice: um equipamento para cada 111 mil. O estado, que tem 16 milhões de habitantes, abriga apenas 148 bibliotecas.
Entre as regiões, a que possui o maior número absoluto de bibliotecas é a Sudeste: 1.968. Na Nordeste, são 1.873. A região Sul possui 1.263, a Norte, 525, e a Centro-Oeste, 519.
Compromisso
A Fundação Biblioteca Nacional diz, no entanto, que tem realizado ações para ampliar a quantidade de bibliotecas e que a meta de zerar o número de municípios “vem sendo pactuada junto aos governos estaduais e municipais”. O órgão não comenta as críticas do CFB.
Segundo a fundação, por meio do projeto ‘Mais Bibliotecas Públicas’, o Sistema Nacional de Bibliotecas tem realizado um processo de “mobilização local” em busca da ampliação. O órgão diz ainda que, com o programa, foi possível reunir 1.400 gestores públicos de mais de 350 cidades do país. Vários encontros já foram feitos nos estados.
Também está em curso, de acordo com a fundação, um projeto que tem o objetivo de transformar bibliotecas em referência em acessibilidade. “O governo federal investe na área de bibliotecas integrando as instituições de ensino na área de biblioteconomia”, informa.

Biblioteca comunitária em São José do Rio Preto (SP)



Em São José do Rio Preto (SP): menina ganha mais 200 livros para biblioteca comunitária
Fonte: Diário Web. Data: 26/12/2014.
URL: www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Cidades/225960,,Menina+ganha+mais+200+livros+para+biblioteca.aspx
A menina Kaciane Caroline Marques, de 10 anos, ganhou dois importantes reforços em sua luta para criar uma biblioteca no bairro Lealdade, zona norte de Rio Preto. O Hospital de Base doou 220 livros de literatura e um rio-pretense telefonou avisando que tem mil títulos para entregar e ajudá-la a realizar seu sonho de distribuir conhecimento entre os moradores do bairro.
"Estou feliz. Graças a Deus, meu sonho está se realizando", disse Kaciane. Ela recebeu a doação, na biblioteca do HB, do diretor-executivo da instituição, Horácio José Ramalho, e da vice-diretora administrativa, Amália Tieco Sabbag.
A menina começou sozinha sua campanha ao perceber que no Lealdade, onde mora há cinco meses, não existe biblioteca ou qualquer equipamento direcionado para a cultura. Há duas semanas, o Diário da Região publicou reportagem para contar essa história.
Desde então, a vida de Kaciane se transformou, com a ajuda de pessoas que se sensibilizaram com a sua iniciativa. Já ganhou 2.200 livros, dos quais 1.500 estão com os doadores por falta de espaço em sua residência. A direção do colégio London ficou sensibilizada e ofereceu para ela bolsa de estudos gratuitamente na instituição por sete anos, do sexto ano do fundamental até o terceiro do ensino médio.
A escola ainda vai doar o material de construção para a família da garota erguer um cômodo, de 16 metros quadrados, e abrir a biblioteca. Como vai cursar o quinto ano, Kaciane vai estudar a partir de 2016 no London - a instituição oferece do sexto ano para frente.

26 de dez. de 2014

Salvar o arquivo no computador melhora a memória

Autoria: Anna Mikulak.
Data: 18/12/2014.
Descarregar a memória
O simples ato de salvar um arquivo no computador pode melhorar a nossa memória para as informações que encontrarmos a seguir.
Quem garante são Sean Stone e Benjamin Storm, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, em um estudo publicado na renomada revista Psychological Science.
Os experimentos realizados pelos dois pesquisadores indicam que o mero ato de salvar o arquivo ajuda a "liberar recursos cognitivos" que podem ser usados para lembrar novas informações.
"A ideia é incrivelmente simples: Salvar [o arquivo] funciona como uma forma de descarregamento. Ao assegurar que determinadas informações estarão digitalmente acessíveis, podemos realocar recursos cognitivos usados para manter essa informação e concentrarmos em lembrar novas informações," disse o Dr. Storm.
Esquecer para lembrar
Estudos anteriores haviam indicado que salvar informações em um dispositivo digital, como um computador ou câmera, tira essas informações da memória - uma espécie de esquecimento induzido pelo salvamento.
"Nós tendemos a pensar sobre esquecer como algo que acontece quando a memória falha, mas as pesquisas sugerem que o esquecimento desempenha um papel essencial no apoio ao funcionamento adaptativo da memória e da cognição," explica Storm.
No primeiro experimento, estudantes universitários abriam e estudavam pares de arquivos (Arquivos A e B). Cada arquivo continha uma lista de 10 substantivos comuns.
Os voluntários tiveram 20 segundos para estudar o Arquivo A antes de fechá-lo. Eles então estudaram o Arquivo B pelo mesmo tempo e foram imediatamente avaliados sobre quantos nomes conseguiam se lembrar deste último arquivo. Finalmente eles foram avaliados quanto à lembrança dos substantivos do Arquivo A.
Mas o fator mais importante do experimento é que, na metade dos testes, os alunos foram orientados a salvar o Arquivo A em uma pasta específica após estudá-lo. Na outra metade, eles deviam simplesmente fechar o arquivo.
Salvando para lembrar
Os resultados foram claros: os alunos se lembraram de mais palavras do Arquivo B quando havia salvo o Arquivo A do que quando o tinham simplesmente fechado. Os resultados foram confirmados com a repetição de todo o conjunto de testes com um novo grupo de voluntários.
Este segundo grupo rendeu ainda outra confirmação: quando os pesquisadores disseram a uma parte deles que o arquivo salvo poderia não ser recuperado, os benefícios do salvamento se foram, e eles não apresentaram os ganhos de memória.
"Ao tratar computadores e outros dispositivos digitais como extensões de memória, as pessoas podem estar se protegendo dos custos de esquecer e aproveitando os benefícios," concluiu Storm.

Fonte: Diário da Saúde.

URL: www.diariodasaude.com.br/news.php?article=salvar-arquivo-computador-melhora-memoria&id=10261&nl=sit

Biblioteca Pública da Paraíba inicia digitalização do acervo

Biblioteca Pública Estadual inicia digitalização dos títulos do acervo
Fonte: Paraíba Agora. Data: 24/12/2014.
A Biblioteca Pública Estadual, localizada na Avenida General Osório, no Centro de João Pessoa, está com o processo de tombamento digital dos títulos de todo o acervo da unidade. De acordo com a coordenadora do órgão, Severina Kátia da Silva, já foram digitalizados os títulos de mais de 16 mil obras. Um dos objetivos é facilitar a pesquisa para os cerca de 60 usuários que visitam o espaço diariamente. “Em 2015, vamos implantar o sistema de empréstimo, o que ainda não temos. Então, o processo de tombamento digital dos nossos títulos também vai permitir que levemos para a população essa novidade em 2015”, completou a coordenadora.
No espaço, emoldurado pela arquitetura neoclássica do fim do século XIX, há obras raras, como “Aulas de Português”, de Anésio Leão, escrita em 1961; “Memórias de Um Colono no Brasil”, escrita por Thomas Davatz em 1850, além de um século da coleção da revista A Gazeta Judiciária, que engloba o período de 1849 a 1949. “São obras que, além da leitura prazerosa, proporcionam ao nosso visitante a oportunidade da pesquisa. É um acerco significativo que temos a obrigação de zelar”, disse a coordenadora da biblioteca.
Atualmente, a Biblioteca Pública Estadual dispõe de mais de 25 mil obras. A previsão é que todos os títulos sejam digitalizados até maio de 2015. Severina Kátia destacou que a biblioteca oferece, além de obras raras, um acervo atualizado com livros para os estudantes se prepararem para o Enem e concurso público. “Temos um público infantil bem significativo e também disponibilizamos um vasto acervo da literatura infanto-juvenil”, pontuou.
Serviços
Um dos serviços oferecidos pela Biblioteca Pública Estadual é a contação de história para crianças. O evento, que ocorre quinzenalmente, tem como objetivo inserir a criança no mundo da literatura. “É uma das maneiras que temos para, de forma lúdica, atrair o interesse da criança para o mundo da palavra escrita. Depois que são apresentados todos os serviços que temos, o aluno fica à vontade para ler, se adaptar melhor ao mundo dos livros”, afirmou Severina Kátia.
Outro destaque é a conexão do usuário com a internet através de quatro computadores. “É mais uma comodidade que oferecemos aos nossos usuários para a pesquisa. Cada usuário tem direito a uma hora para a pesquisa. Caso não haja nenhuma reserva para aquele computador que ele está usando, o usuário tem o direito de prorrogar esse tempo por mais uma hora”, explicou a coordenadora, destacando que, para 2015, o número de computadores deverá chegar a dez unidades. O sarau poético também está entre as novidades para o ano que vem, ainda segundo a coordenadora da Biblioteca Estadual da Paraíba.

Funcionamento – A Biblioteca Estadual da Paraíba funciona de segunda-feira à sexta-feira, das 8h às 17h30. A coordenadora enfatiza que, a partir da próxima sexta-feira (26), o espaço entrará em recesso. As atividades serão abertas ao público a partir do dia 5 de janeiro. A biblioteca fica na Avenida General Osório, 253, no Centro. O telefone para informações é o (83) 3218-4195.

24 de dez. de 2014

Para os leitores do blog um Feliz Natal


Supremo impede censura à obra de Monteiro Lobato

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento (julgou inviável) ao Mandado de Segurança (MS 30952) em que o Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (IARA) e o professor Antônio Gomes da Costa Neto pediam a anulação de parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) que, segundo os autores, teria liberado a adoção nas escolas do livro "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato, cujo conteúdo faria "referências ao negro com estereótipos fortemente carregados de elementos racistas". Segundo o ministro, o STF não tem competência para apreciar mandado de segurança impetrado contra o ato do ministro da Educação que homologou parecer do Conselho Nacional de Educação pela liberação do livro, sem nota explicativa sobre racismo.
No mandado de segurança, o instituto e o professor pretendiam que fosse anulado o Parecer nº 6/2011, do CNE, que reexaminou e substituiu o Parecer nº 15/2010, que continha as orientações defendidas pelos impetrantes do MS. O parecer 15/2010 determinava que o livro fosse adotado somente com a inclusão de uma nota explicativa sobre estudos "que discutam a presença de estereótipos raciais na literatura" e com a imediata formação e capacitação de educadores para que a obra fosse utilizada "de forma adequada na educação básica".
Em sua decisão, o ministro revela que o Supremo não é competente para julgar o caso. "Embora tenham feito referência a pedido de avocação [de processo administrativo] formulado à presidente da República, para justificar a competência do Supremo Tribunal Federal", em uma leitura atenta do pedido, "constata-se, de maneira inequívoca, que a real e única intenção dos impetrantes é a de seja reconhecida a nulidade do Parecer nº 15/2010, do Conselho Federal de Educação".
Além de citar legislação que prevê a avocação de determinado assunto pela Presidência da República somente em caráter excepcional e por relevantes motivos de interesse público (artigos 170 do Decreto-lei 200/1967 e 15 da Lei 9.784/1999), o relator do processo acrescentou que, conforme ressaltado pelo Ministério Público Federal (MPF) em parecer, a matéria foi apreciada por diversas instâncias administrativas, "não se justificando, a princípio, a atuação da presidente da República". Ele complementou que há jurisprudência no STF "a respeito da ausência de obrigação no deferimento de pedido de avocação".
Por fim, o ministro lembrou que a Constituição Federal (artigo 102, inciso I) determina que o Supremo tem competência para julgar mandados de segurança conta atos do presidente da República, das Mesas da Câmara e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União (TCU), do procurador-geral da República, e do próprio Supremo. "Evidente, assim, a incompetência desta Corte para a apreciação de mandamus impetrado contra ato do Ministro da Educação que homologou parecer do CNE", concluiu.
Processos relacionados: MS 30952

Fonte: Supremo Tribunal Federal.

Supremo Tribunal Federal facilita a venda de leitor de livro eletrônico

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, negou pedido formulado pelo Estado de Minas Gerais para suspender liminar do Tribunal de Justiça mineiro (TJ-MG) que permitiu à Saraiva e Siciliano S/A a comercialização de e-Reader [leitor de livros digitais] sem a obrigatoriedade do recolhimento, para o estado, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A decisão foi proferida na Suspensão de Liminar (SL) 818.
Consta dos autos que a empresa pretende comercializar, no Estado de Minas Gerais, o e-Reader, "que não se confundiria com outros aparelhos eletrônicos, tais como tablets, smartfones e afins". Dessa forma, alega que o aparelho, por ser suporte físico contemporâneo do livro, em substituição ao papel, seria alcançado pela imunidade tributária conferida a livros, jornais e periódicos, bem como ao papel destinado à impressão desses objetos.
Desembargador do TJ concedeu a liminar em mandado de segurança, sob o argumento de que a imunidade em questão não pretendeu proteger o livro como objeto material, mas sim resguardar o direito à educação, à cultura, ao conhecimento e à informação. Afirmou, ainda, que o conceito de livro precisa ser revisto e acrescentou que o aparelho leitor de obra digital, em princípio, é livro, porque revela ao usuário o acesso à cultura.
Insatisfeito, o Estado de Minas Gerais questionou tal decisão perante o Supremo sustentando que a liminar do TJ-MG poderá provocar problemas, tais como: lesão à ordem, à segurança administrativa e à economia pública, lesão ao erário, além de várias demandas idênticas no Poder Judiciário.
Negativa
O ministro Ricardo Lewandowski verificou que a hipótese diz respeito à abrangência da imunidade tributária, prevista no artigo 150, inciso VI, alínea "d", da Constituição Federal, ao e-Reader. "Em outras palavras, busca-se a extensão da regra imunizante a um livro eletrônico, que, embora não expressamente citado pelo constituinte - por não existir ou não estar amplamente divulgado à época -, não deixa de ser um livro", observou.
Segundo ele, a matéria teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário Virtual da Corte. No RE 330817, discute-se se a imunidade tributária concedida a livros, jornais, periódicos, bem como ao papel destinado à impressão desses objetos, alcança, ou não, suportes físicos ou imateriais utilizados na veiculação de livro eletrônico.
Em sua decisão, o ministro salientou que o ordenamento legal vigente é explícito quanto à necessidade de se apontar a existência de grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública para a concessão da suspensão da liminar ou da sentença. Ele avaliou que, apesar da alegação de ocorrência de lesão à ordem administrativa e à economia pública, a petição inicial não foi acompanhada de nenhum estudo ou levantamento que pudesse provar o que foi apontado pelo Estado de Minas Gerais.
"Não há como perquirir eventual lesão à economia pública a partir de meras alegações hipotéticas, desacompanhadas de elementos suficientes para a formação do juízo pertinente à provável ocorrência de abalo à ordem econômica do ente", entendeu o relator, com base em precedentes (SLs 687 e 497; SSs 4242 e 3905). Por essas razões, o ministro Ricardo Lewandowski indeferiu o pedido de suspensão.
Fonte: Supremo Tribunal Federal.

Biblioteca Vaticana libera consulta aos arquivos papais

Fonte: Paraiba.com Data: 23/12/2014.
URL: www.paraiba.com.br/2014/12/23/59589-vaticano-libera-consultas-online-aos-manuscritos-dos-papas
O Vaticano disponibilizou para consulta dos internautas, os primeiros 256 manuscritos da Biblioteca dos Papas, graças a um projeto que pretende facilitar o acesso a mais de 80 mil documentos através da rede.
Os textos estavam na Biblioteca Apostólica Vaticana, provenientes do Fundo Palatino e protegidos por rígidas medidas de segurança e de conservação, podendo ser consultados apenas por 250 especialistas qualificados a cada dia. Com este projeto, as páginas destes documentos digitalizados com tecnologia da NASA e organizados num banco de dados, poderão ser visualizadas por qualquer pessoa.
Para a sua digitalização foi empregada a tecnologia FITS (Sistema de Transporte Flexível de Imagens), desenvolvida pela NASA há 40 anos, para conservar imagens de suas missões espaciais. O serviço foi contratado em outubro de 2011, para evitar a deterioração dos manuscritos devido às prolongadas consultas por parte dos especialistas.
O projeto começou a dar certo depois do acordo entre a Biblioteca Vaticana e a Biblioteca Boldleian de Oxford, que em 2012 estabeleceu a disponibilização de seus textos na internet para consultas gratuitas.
Estes 256 manuscritos é apenas uma primeira etapa de um projeto mais amplo que prevê a digitalização de 80 mil textos conservados no acervo da Biblioteca dos Papas, graças à ajuda de alguns patrocinadores e com o uso de novas tecnologias.
Material raro
O material inclui obras de Homero, Platão, Sófocles, Hipócrates, alguns dos manuscritos judeus mais antigos conservados, além dos primeiros livros italianos impressos durante o Renascimento.
A Biblioteca dos Papas foi criada em 1450 pelo Papa Nicolau V, nos fundos de sua biblioteca pessoal. Posteriormente ela foi dotada de um estatuto jurídico. Entre suas preciosidades encontra-se o ‘Codex Vaticanus’, o primeiro testemunho em grego da Bíblia de que se tem notícias.
O que diz o Prefeito da Biblioteca Vaticana
Em entrevista à Rádio Vaticano, o Prefeito da Biblioteca Apostólica Vaticana, Dom Cesare Pasini, falou sobre os motivos de colocar esse acervo à disposição de todos na na web: “É a filosofia de sempre da Biblioteca Apostólica Vaticana, nascida com Nicolau V, Com Sisto IV e mais adiante com Sisto V, segundo a qual estes bens da humanidade são tornados acessíveis àqueles que os queiram utilizar, conhecer e estudar. Inicialmente, naqueles séculos, era necessário vir a Roma e aqui consultá-los, mas as consultas e o acesso eram livres. Hoje o é da mesma forma: basta ter as características de uma pessoa que tenha conhecimento da abordagem desta documentação tão complexa. Ter esta liberdade de acesso aos manuscritos, na modalidade moderna, significa fazê-los chegar também através a web, com imagens digitalizadas”.
Dom Cesare Pasini dá exemplo de um manuscrito raro que ele acha interessante: “Existe, por exemplo, um famoso, que faz parte da coleção dos manuscritos palatinos, indicado como ‘De arte venandi cum avibus’, isto é, ‘caça aos pássaros’: um famoso volume de Federico II, ilustrado com particularidades muito detalhistas sobre como eram representados os pássaros e como se fazia a caça. Este, talvez, seja o mais famoso entre os 256 manuscritos colocados na web agora. Depois, existem aqueles manuscritos medievais, usados nos mosteiros…”!

Sobre a expansão desse projeto de digitalização, Dom Cesare Pasini comenta: “Estamos digitalizando manuscritos chineses, manuscritos do Grupo Alamire, de um músico e copista de manuscritos musicais. Depois, existe um grande projeto ligado a uma colaboração com a Biblioteca de Oxford. Serão digitalizados ainda os incunábulos, os manuscritos gregos, possivelmente também os manuscritos hebraicos”.

Biblioteca Vaticana faz acordos com China, Cuba e Sérvia

Fonte: Rádio Vaticano. Data: 23/12/2014.
URL: pt.radiovaticana.va/news/2014/12/23/biblioteca_vaticana_acordos_com_china,_cuba_e_s%C3%A9rvia/1115755
Diplomacia vaticana, ecumenismo e nova evangelização passam também pela cultura, sobretudo aquela ligada ao livro. Disto está cada vez mais convencido o Bibliotecário da Santa Romana Igreja e arquivista do Arquivo Secreto do Vaticano, D. Jean-Louis Bruguès, veterano de missões importantes de cooperação com várias bibliotecas de Estado, incluindo as da China e Cuba. A Rádio Vaticano conversou com D. Jean-Louis Bruguès sobre o recente protocolo assinado com a Biblioteca Nacional da Sérvia:
“O primeiro motivo: é necessário recordar-se que durante a guerra, Hitler mandou queimar a Biblioteca Nacional. E queimar uma biblioteca é como queimar uma memória, cancelar uma memória. Portanto, o país inteiro tinha perdido a memória. Assim, pediram à Biblioteca Vaticana para recuperar alguma coisa, alguns pedaços que nós tínhamos do seu passado, portanto, a identidade do próprio país. A Igreja local dominante é Ortodoxa, e assim nós tivemos uma relação político-humanística com a Biblioteca Nacional e uma relação ecuménica com o Patriarcado. Isto foi -  na minha opinião – um facto também muito positivo para a pequeníssima Igreja Católica que existe na Sérvia: criamos uma montra para a Igreja Católica, dando a esta pequena Igreja mais credibilidade, mais visibilidade”.

 “A cultura, pouco a pouco, está a desempenhar um papel central na política: não apenas a política entre os Estados, mas também na política interna de uma nação. O Papa Bento XVI tinha explicado que a nova evangelização passa pela cultura. Esta importante Biblioteca Nacional pediu à nossa Biblioteca Vaticana uma relação de patrocínio. Fizemos isto em Belgrado, mas também na Bulgária e há pouco tempo com alguns países latino-americanos, como Costa Rica, Cuba, Colômbia e Chile. Estes países, com motivos diversos, querem desenvolver uma política cultural na qual a Biblioteca Nacional poderia jogar um papel muito importante. Estes países não têm, porém, uma tradição de cultura da memória, não puderam criar bibliotecas ou arquivos ricos e assim pedem à Biblioteca do Vaticano um patrocínio para que a Biblioteca do Vaticano possa tornar-se para eles uma mãe de cultura”. (RS)

Biblioteca ambulante das Lojas Americanas atraiu mais de cinco mil leitores

Fonte: Portal Segs. Data: 23/12/2014.

URL: www.segs.com.br/demais/23875-onibus-biblioteca-da-lojas-americanas-e-americanas-com-atraiu-mais-de-5-5-mil-visitantes.html

O ônibus-biblioteca vermelho do projeto Livros nas Praças, patrocinado pela Lojas Americanas e a Americanas.com, atraiu mais de 5,5 mil visitantes em dez comunidades, entre 12 de agosto e 2 de dezembro. Pela primeira vez, o projeto alcançou também os municípios da Baixada Fluminense - Belford Roxo, São João de Meriti, Duque de Caxias e Nova Iguaçu. A Praça Getúlio Vargas, em São João de Meriti, foi a recordista em visitas ao receber, durante dois dias de outubro, 796 pessoas.  
O Livros nas Praças tem como objetivo estimular a leitura, levando para as comunidades um ônibus transformado em biblioteca. A cada quinze dias o ônibus parava em uma praça, servindo como espaço de leitura e realizando empréstimos de livros gratuitamente para crianças e adultos. Durante o período, foram emprestados 325 livros de acervo variado de obras infantis, infanto-juvenis e adulto, incluindo títulos da literatura brasileira e estrangeira, de ficção, romances, aventuras e autoajuda. O acervo contava ainda com livros ilustrados e escritos em Braile, obras em fonte ampliada, para pessoas com pouca visão, áudiolivros doados pela Fundação Dorina Nowill de apoio a portadores de deficiência visual.
O projeto também promoveu diversas atividades em suas paradas. Houve contação de contos com músicas e brincadeiras com o grupo "Fabuloso Quintal de Histórias", da literatura brasileira com Giovana Olivieri, indígenas com Elissandro Aquino, e do folclore brasileiro com o "Grupo Pé de Conto".
A escritora Teca Barcellos, autora do livro “Maria Passarinho”, bateu papo com os visitantes. O educador Pedro Paulo leu obras do acervo do ônibus-biblioteca e o Grupo Laboratório Cultura narrou histórias em Cordel.  A psicóloga Helena Secco realizou cinco workshops literários com o tema "A importância da leitura em nossas vidas - Estímulo ao hábito de ler".
A Lojas Americanas e Americanas.com doaram mais de 10 mil gibis de personagens tradicionais como Gasparzinho, Riquinho, Luluzinha, Brasinha, Smurfs e Popeye, que foram distribuídos aos frequentadores do projeto, além dos brinquedos entregues no Dia das Crianças


23 de dez. de 2014

Biblioteca Pública de Santa Catarina ganha equipamento para digitar periódicos



Fonte: Floripa News. Data: 22/12/2014.
URL: www.floripanews.com.br/noticia/6504-biblioteca-publica-ganha-equipamento-para-digitar-acervo-de-periodicos
A Biblioteca Pública de Santa Catarina ganhou dois scanners importados, que servirão para concluir a efetiva digitalização de todo o acervo documental de periódicos – em especial, jornais editados e publicados em em SC. O Estado, por meio da Fundação Catarinense de Cultura, investiu  R$ 370 mil para a aquisição do equipamento.
A Biblioteca possui 1,2 mil títulos entre documentos já microfilmados (mais ou menos 300) e documentos físicos. Os microfilmados já estão digitalizados, graças a uma parceria entre a Biblioteca Pública e a Udesc. O periódico mais antigo no acervo é de 1832.
História
A Biblioteca Pública de Santa Catarina foi criada em 1854, quando o então presidente da província, João José Coutinho, sancionou a Lei nº 373, em 31 de maio, mas somente em 9 de Janeiro de 1855 é que foi oficialmente inaugurada.Com base na sua data de criação, é possível supor que seja uma das bibliotecas mais antigas do Brasil.
No prédio atual desde 1979, a biblioteca conta  com um acervo formado por títulos de diversas áreas do conhecimento, em suportes variados, além de uma coleção de periódicos e uma de obras raras.
Desde 1999, funciona como Depósito Legal por meio da Lei nº 11.074, de 11 de janeiro, que sacramenta a obrigatoriedade de editoras e escritores catarinenses de doar um exemplar de cada obra impressa para o seu acervo.
FONTE: Governo do Estado de SC

Usuários da biblioteca de Petrolina (PE) reclamam da estrutura



Fonte: Portal G1. Data: 22/12/2014.

URL: http://g1.globo.com/pe/petrolina-regiao/noticia/2014/12/frequentadores-reclamam-da-estrutura-da-biblioteca-de-petrolina.html

A Biblioteca Municipal Cid Carvalho, que fica localizada no Centro de Petrolina, é procurado por estudantes da cidade do Sertão pernambucano que desejam um local tranquilo para realizar pesquisas e estudar. Alguns desses frequentadores vão todos os dias e acabam criando uma afeição com o espaço. Por isso, muitos estão preocupados com problemas estruturais como, rachaduras nas paredes e falta de produtos de limpeza nos banheiros, além do calor que gera reclamações.
O estudante Francisco Ferreira Neto frequenta a biblioteca todos os dias há dois anos. Segundo ele, a estrutura do local é boa, se comparada a outras cidades, mas precisa de manutenção. “Já fui a bibliotecas em outras cidades, como Fortaleza-CE e acho a estrutura daqui boa, mas precisa de um cuidado maior com a limpeza. Precisa reparar o teto, pois caíram algumas partes com a chuva e também à tarde é muito quente”, disse.
Para o estudante, uma as principais vantagens do local é que fica em uma região central. Francisco destaca também o espaço amplo e a Internet sem fio, que na opinião dele, é muito boa. “Eu vou a outras bibliotecas que têm ar condicionado, que a estrutura é melhor, mas prefiro aqui. O ambiente é muito bom”, conta.
Outra frequentadora assídua da Biblioteca Municipal é Jaqueline Maria de Jesus. Ela estuda há um ano e oito meses diariamente no local. Para a estudante, o maior problema são os banheiros. “Os banheiros são sujos, não tem papel e não tem sabonete líquido. A higiene não é a ideal para o volume de pessoas que visitam. Tem também o bebedouro que nunca foi trocado”, afirmou. Segundo Jaqueline, uma questão também grave são as rachaduras na parede e no teto.
Funcionários que não quiseram se identificar, afirmaram que há dois anos não tem bibliotecário e que sem o profissional, não é possível catalogar livros novos. Outra declaração foi de que desde a inauguração, em 30 de setembro de 2002, não acontece uma reforma no local. Eles sentem falta de um treinamento para atender melhor os leitores.