21 de dez. de 2011

O Bibliodata vai para o IBICT?


Em 7 de dezembro de 2011 foi realizada na sede do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), um encontro intitulado “Reunião de Análise Estratégica dos Serviços CCN, COMUT, ISSN e BIBLIODATA”.
            Esta reunião teve por objetivo analisar o contexto e a situação atual dos referidos serviços, visando ao seu desenvolvimento, integração e reposicionamento face às tecnologias e necessidades da comunidade científica, tecnológica e de inovação.
            Ela contou com a participação da presidente da FEBAB, de diretores de bibliotecas universitárias (UNICAMP, UFRJ, UnB), da BIREME, de servidores do IBICT envolvidos com os serviços e do editor deste blog.
            Após um longo dia de discussões chegou-se a conclusão de que os serviços acima ainda eram importantes para a comunidade de usuários e que os mesmos deveriam receber modernização tecnológica para poder atender com maior presteza neste dinâmico contexto da internet.
            No tocante ao Bibliodata, a rede de catalogação cooperativa em linha coordenada pela Fundação Getúlio Vargas, chegou-se à conclusão de que ela ainda tem enorme importância para as bibliotecas brasileiras. Vale destacar que em outubro de 2011, ela contava com mais de 1.9 milhão de registros bibliográficos.
            Caso a transferência do Bibliodata para o IBICT seja concretizada a idéia da catalogação cooperativa retoma às suas origens lançadas em 1942. Foi nessa época que teve inicio este tipo de serviço com a implantação do Serviço de Intercâmbio de Catalogação (SIC), pela biblioteca do extinto Departamento de Administração do Serviço Público (DASP), onde as bibliotecas participantes poderiam enviar as suas fichas catalográficas. Em 1954, após a criação do Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD, hoje IBICT) o SIC tomou grande impulso. Em 1973 o formato MARC foi adaptado por Alice Príncipe Barbosa, recebendo a denominação de CALCO. Em anos recentes o CALCO foi abandonado e passou-se a utilizar o formato MARC.
            Como se pode notar, o Bibliodata, a FGV e o IBICT sempre estiveram interligados! Espera-se que 2012 seja um ano profícuo para essa rede de catalogação cooperativa!

Murilo Cunha

Bibliografia básica:
BARBOSA, Alice Príncipe. Projeto CALCO: adaptação do MARC II para implantação de uma central de processamento da catalogação cooperativa. Rio de Janeiro, 1972. 2.v. Dissertação (Mestrado Biblioteconomia e Documentação)-IBBD/UFRJ.
CUNHA, Murilo Bastos da. Rede de dados bibliográficos no Brasil. Revista de Biblioteconomia de Brasilia, Brasília, v. 15, n. 1, p. 23-34, jan./jun. 1987.
DECOURT, Eugenio. O sistema CALCO e a rede BIBLIODATA. Revista de Biblioteconomia de Brasília, Brasília, v. 15, n. 1, p. 79-84, jan./jun. 1987.
DODEBEI, Vera Lucia Doyle Louzada de Mattos; Mattos, Erotildes de Lima; Piazzarolo, Solange Mota. A UNI-RIO e o BIBLIODATA-CALCO. Revista de Biblioteconomia de Brasília, Brasília, v. 17, n. 1, p. 29-37, jan./jun. 1989.
HÜBNER, Edwin. Catálogo Coletivo Bibliodata: um produto brasileiro para as bibliotecas brasileiras. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS, BIBLIOTECAS, CENTROS DE DOCUMENTACAO E MUSEUS, 1, 2002. Anais. São Paulo. Integrar: FEBAB, 2002, p.215-223.
LIMA, Elaine Aparecida de et al. A automação dos catálogos de monografias do sistema de bibliotecas da Unicamp: histórico e análise. In: SEMINARIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITARIAS, 13, 2004, Natal. Anais do SNBU. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte: BCZM, 2004. 15p.
MONTE-MOR, Jannice de Mello; CYSNEIROS, Luiz Fernando. BIBLIODATA/CALCO: geração de uma base de dados nacional. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 16, n. 4, p. 131-41, out./dez. 1982.
REDE BIBLIODATA. URL: www.fgv.br/bibliodata/
SCHREINER, Heloisa Benetti. Sistema CALCO/UFRGS: automação na Biblioteca Central da UFRGS. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS (2. : 1981: Brasília). Anais. Brasília: CAPES, 1981.
VASCONCELLOS, Paulo de Avelar de Góes e. Bibliodata/CALCO: informação bibliográfica para o desenvolvimento. Ciência da Informação, Brasília, v. 25, n. 3, p. 450-453, 1996.

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