Fonte: BBC. Data:
5/03/2013.
A Biblioteca Britânica
começa um ambicioso projeto para criar um arquivo no qual será guardada uma
cópia de todas as páginas do Reino Unido na internet para que possam ser
consultadas pelas gerações futuras.
A partir da próxima
meia-noite e durante o prazo de um ano começarão a ser armazenadas cópias de
4,8 milhões de páginas da internet, segundo o centro público, entre páginas
institucionais, blogs, domínios locais e inclusive fóruns, para mostrar uma
visão da sociedade atual a futuros pesquisadores.
"Admito que é um
projeto realmente ambicioso. Não vamos discriminar entre as páginas,
incluiremos todas as que atualmente estiverem no Reino Unido", explicou Richard
Gibby, porta-voz da instituição.
Com o prestigiado centro
londrino colaborarão as bibliotecas nacionais da Escócia e País de Gales, as
das universidades de Cambridge e de Oxford e o Trinity College de Dublin.
Para antecipar esta
ideia, os seis equipes - um por cada centro - que desenvolverão o programa
iniciarão um complexo sistema de informática a partir de meia-noite, momento no
qual entra em vigor um novo marco legal que lhes permite obter uma cópia sem
contar com o consentimento dos donos das páginas.
"Até agora era
necessário pedir permissão ao proprietário e, no caso de conteúdo de terceiros,
precisava contar ainda com a autorização deste, tudo era muito complicado e
demorava muito", comentou Gibby.
O tempo é algo que
obceca a Biblioteca Britânica, que procura incorporar toda a informação
possível de cada site a seu catálogo antes que expire o tempo médio de vida de
uma página - 75 dias -, uma contagem regressiva contra a qual um amplo elenco
lutará.
"Pode se dizer que
toda a Biblioteca está envolvida no projeto, já que, além de uma equipe
específica, contamos com o apoio do serviço de operações técnicas e de
manutenção", afirmou Gibby.
Agora não será pedida
permissão, mas os donos serão informados; apesar de a Biblioteca Britânica
pretender se dirigir a eles por escrito de forma individual, o volume de
domínios faz com que provavelmente recebam simplesmente a mensagem automática
do programa que obterá as cópias.
O porta-voz do centro
reconhece que esse sistema pode gerar controvérsia, por isso que esclareceu que
só serão registrados conteúdos que tenham sido expostos em páginas públicas e
com o consentimento expresso de seu autor.
"Não tem nada a ver
com a informação que podemos compartilhar em redes sociais, onde publicamos
dados pessoais dentro de um grupo muito concreto de privacidade", disse.
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