Fonte: Valor Econômico. Data: 26/11/2014.
Autoria: Beth Koike.
Em março de 2008, a Saraiva desembolsou
R$ 60 milhões para adquirir a Siciliano e se tornar a maior rede de livrarias
do país. Seis anos depois, o foco da companhia não é mais o varejo, e sim a
área de educação, que deverá absorver boa parte do investimento de cerca de R$
60 milhões previsto para 2015. O segmento de educação sempre foi mais rentável,
apesar de o seu faturamento ser menor quando comparado aos negócios de varejo.
Para efeitos de comparação, nos nove primeiros meses deste ano, a editora
Saraiva teve receita líquida de R$ 277 milhões e lucro líquido de R$ 5,4
milhões. Já nas livrarias, a receita foi de R$ 1,3 bilhão e houve um prejuízo
de R$ 23,3 milhões no mesmo período. Diante de tais desempenhos e do bom
momento por qual passa o setor de educação, a Saraiva reorganizou sua
estratégia. "Desde o começo do ano passado, a companhia está se
reposicionando para participar cada vez mais na área de educação", disse
Jorge Saraiva Neto, diretor-presidente da Saraiva. Entre as estratégias
vislumbradas para alavancar o crescimento, está a aquisição de sistemas de
ensino, editoras ou negócios de tecnologia aplicada ao ensino. Diferentemente
do que ocorria até 2012, os investimentos da Saraiva não são mais direcionados
para elevar o número de lojas. Em 2015, devem ser inauguradas apenas três
unidades, mas outras duas ou três livrarias consideradas pouco rentáveis devem
fechar. Com isso, a Saraiva encerrar o próximo ano com 116 pontos de venda.
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