19 de out. de 2013

Biblioteca pública de Cruzeiro do Sul fechada por falta de livros


Fonte: G1 Acre. URL: g1.globo.com

Autoria: Genival Moura.

Construída há mais de um ano e meio, a nova Biblioteca Pública Estadual de Cruzeiro do Sul (AC) ainda não começou a funcionar por falta de livros, equipamentos e móveis. O luxuoso prédio de três andares, no Centro da cidade, com vidro fumê e 1,5 mil metros de área construída, continua vazio. A obra custou R$ 4,9 milhões.

A chefe do Departamento Estadual do Livro e da Leitura, Helena Carloni, justifica que houve muita dificuldade para finalizar o processo de licitação da compra do acervo bibliográfico. Segundo ela, por se tratar de recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o processo de licitação do acervo foi aberto internacionalmente.

“É uma licitação muito criteriosa, em que tivemos que fazer vários ajustes e levou mais de um ano. Isso fugiu um pouco da nossa governabilidade, foi uma situação nova que demandou muito tempo, quase um ano e meio”, justifica.

Ainda de acordo com Helena Carloni, a entrega do acervo com cerca de 20 mil livros, deve ocorrer dentro de 60 dias. Os móveis sob medida estão sendo fabricados pelos moveleiros apoiados pela Secretaria de Indústria e Comércio, sediados no Polo Industrial de Cruzeiro do Sul.

O prédio, os acervos e equipamentos estão custando cerca de R$ 8 milhões. O projeto prevê um telecentro com internet gratuita, videoteca, histórias em quadrinhos, espaço infantil, conteúdos com informações táteis para portadores de necessidades visuais e mídias audiovisuais. “Sabemos da demora, mas queremos pedir um pouco mais de paciência à nossa população que não está desassistida, ainda pode contar com a biblioteca antiga”, diz Helena Carloni.

A demora na entrega da biblioteca tem sido motivo de críticas dos movimentos estudantis. “Esse espaço confortável poderia muito bem estar sendo utilizado por estudantes que desejam se preparar para vestibulares e concursos públicos, mas dessa forma, estamos sendo prejudicados. Os nossos estudantes poderiam estar melhores preparados para o Enem, com livros adequados e equipamentos de pesquisa, principalmente os de classe baixa”, avalia Sidney Coelho, membro da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes).

Um comentário:

Jaque disse...

Tristeza e vergonha...