Fonte: Veja. Data: 12/01/2012.
URL: http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/internet-pode-afetar-o-cerebro-como-alcool-e-cocaina-12012012-42.shl
O vício pela internet pode afetar o cérebro da mesma maneira que a dependência das drogas.
Cientistas chineses analisaram imagens cerebrais de adolescentes diagnosticados com "transtorno do vício de internet" e descobriram que as alterações nos órgãos dos pacientes eram semelhantes às observadas em pessoas viciadas em álcool, maconha e cocaína. A descoberta poderá ajudar no desenvolvimento de novas abordagens de tratamento. O estudo foi publicado no periódico PLoS One.
Resultado: O estudo relacionou, pela primeira vez, o vício pela internet e danos ao cérebro. Os dados mostraram que viciados em internet possuem alterações no cérebro semelhantes às pessoas viciadas em drogas como a maconha e a cocaína.
A pesquisa, financiada pela Fundação de Ciências Naturais da China, analisou imagens de cérebro de 17 adolescentes viciados em internet e as comparou com 16 jovens saudáveis. Os resultados mostraram danos nas fibras de massa branca cerebral que conectam regiões envolvidas no processamento das emoções, atenção, tomada de decisão e controle cognitivo. Alterações semelhantes já foram observadas em estudos com pessoas viciadas em álcool e cocaína.
Os autores admitem que não é possível dizer se as mudanças no cérebro são causa ou consequência do vício pela internet - é possível que pessoas jovens com alterações cerebrais sejam mais propensas ao vício. "Os resultados sugerem que a integridade da massa branca pode servir como base para o tratamento de pessoas que não conseguem se desvencilhar da internet", disseram os autores.
Conheça a pesquisa:
Título original: Abnormal White Matter Integrity in Adolescents with Internet Addiction Disorder: A Tract-Based Spatial Statistics Study.
Onde foi divulgada: periódico PLoS One
Quem fez: Fuchun Lin1, Yan Zhou, Yasong Du, Lindi Qin, Zhimin Zhao, Jianrong Xu, Hao Lei
Instituição: Jiao Tong University Medical School, Xanghai
Dados de amostragem: 17 adolescentes viciados em internet, 16 adolescentes saudáveis
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