A British
Library acaba de criar uma página no Flick e passou a disponibilizar mais de um
milhão de imagens extraídas de 65.000 livros dos séculos XVII, XVIII e XIX.
Essas imagens podem ser acessadas no URL: www.flickr.com/photos/britishlibrary
*****Blog do Murilo Cunha que inclui notícias, resenhas e comentários relacionados à Biblioteconomia e Ciência da Informação. ***** "Librarian's Library". Murilo Cunha’s blog that includes news, reviews and commentaries related to library and information science. ***** "Biblioteca del bibliotecario" Blog de Murilo Cunha que incluye noticias, comentarios y observaciones relacionadas con la Biblioteconomía, Documentación y Ciencia de la Información.
26 de jan. de 2014
Políticas públicas de incentivo à leitura
Fonte: Portal Vermelho. Data: 19/01/2014.
URL:
www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=233822
"Somos inacabados e a leitura ameniza e intensifica
isso" - inicio com as palavras do professor e velho amigo de batalhas,
Oswaldo Almeida Junior, e adianto: não tenho uma nova fórmula para solucionar
as deficiências da área de leitura, da formação de leitores no Brasil, o que
trago aqui são ponderações muito específicas, com todos os limites que elas
carregam.
Por Ricardo Queiroz Pinheiro, em seu blog*
Começo com os
reflexos das palavras iniciais: amenizar e intensificar. Elas não são apenas a
representação do ato solitário de ler, elas pode ser utilizadas sem vaticínios
na dimensão pública do universo da leitura, daí passam a abarcar o coletivo e
vai além do ato exclusivo e isolado do leitor.
E quando nos
referimos à leitura, a história nos fornece registros desse ir e vir entre o
individual e o coletivo, as histórias compartilhadas em registros diversos, de
início na memória, no boca a boca, para logo após se massificar e ironicamente
passar a ser ato isolado por conta das novas técnicas.
Desloco rápido,
o pensamento para o ano de 2003, Brasil quando foi implantada a "Lei do
Livro", resumindo suas intenções e implicações, em tese ela incide
diretamente na desoneração e no consequente barateamento do objeto livro,
contiguo a isso foi instituído um Fundo suprido por 1% das vendas de livros no
país que seria depositado pelo mercado editorial e utilizado nas políticas
públicas de fomento à leitura.
Pincei um
exemplo e deixo um hiato para que pensemos...
Dez anos e
alguns meses depois e o preço médio de capa do livro não sofreu os efeitos
dessa desoneração, continua caro e elitizado, e o referido fundo segue tímido
atolado no descumprimento da lei e nesse sentimento naturalizado de que ignorar
regras é um comportamento aceitável.
Por que o
mercado editorial e a cadeia do livro ignorou a referida Lei 11.030, ela tem
falhas, ela substimou as regras do mercado, ela não foi pactuada a contexto Ela
não serve para a conjuntura Reconhecer uma contradição e dissecá-la é o
primeiro passo para intervir e modificar uma realidade, mas há real interesse A
ver.
O livro é um
objeto unânime, tirante as patologias históricas que mais pelo seus conteúdos,
subjetividade e eventual transgressão do que pela forma, o demoniza e o destrói
em certas conjunturas, ele é visto de forma positiva pela sociedade. Ler é
"virtude" não assumida, é bom sempre para o "outro",
podemos dizer que existe um certo cinismo nos discursos de apologia aos
benefícios da leitura.
O ato da leitura
não implica necessariamente nesse prazer desprendido e cheio de leveza, leitura
é hábito, e antes de tudo, é hábito que se adquire arduamente, depende de
trabalho, depende de esforço e dedicação. E é nesse aspecto que a apologia
fácil se torna falsa, quem a profere, quem a repete assume que a leitura
depende desse dispêndio de energia, de disciplina ou apenas joga palavras ao
vento para reforçar um falso consenso?
O fato é que
essa retórica, essa ladainha incide diretamente nas políticas públicas e nos
marcos legais do livro e da leitura, a roupagem do lúdico, do prazeiroso, do
frugal encobre a dura realidade do universo leitor, palavras lindas e leves não
resolvem as questões da democratização, acesso e circulação, e acaba acomodando
tudo na seara das boas intenções e se adia reiteradamente para um constante
amanhã.
Outro fator
inexorável: a leitura tem um custo material, e o custo nela embutido está
implicado diretamente no preço de capa do livro e no custeio do universo do
livro e leitura (industria, profissionais, maquina pública etc), nesse baile
circula o público e o privado - muitas vezes com seus papéis distorcidos e
misturados, como é de costume nessa realidade de ideologias difusas - no topo
dessa torre de babel é decidido o rumo dos recursos públicos aplicados.
Volto então aos
verbos do Oswaldo (desculpem a banalização das palavras do amigo), amenizar,
sim, amenizar com leis e ações práticas, mas nunca esquecer que a
intensificação das cobranças, dos resultados e das consequencias nos mostram um
quadro praticamente inalterado na democratização da leitura. As leis, os
divisores de água, os marcos legais fazem aniversário como tudo, e nesse caso,
o que nos cabe é comemorar com cobrança.
E quem convocar
para fazer a devida cobrança das leis não cumpridas? Quem encabeça a lista:
bibliotecários, professores, escritores (principalmente os "não
contemplados"), leitores, como juntar pessoas e mesmo grupos que agem
isolados?
O ano de 2014 é
ano de eleição no nível federal e estadual, ano de rediscutir as políticas
públicas e as prioridades em todas as áreas, uma boa oportunidade para avaliar
o que é real, o que é promessa, o que é de fato, o que é discurso, o que é
leve, o que é pesado. Como disse acima, leitura dá trabalho e exige dedicação e
empenho, momento de unir o ameno ao intenso e dar rumo a essa prosa solta.
*Blog Klaxon SBC
Já pensou em construir uma biblioteca digital pessoal?
Autoria: Luisa Damaso.
Fonte: Semana Informática (Portugal). Data: 16/01/2014.
URL:
www.semanainformatica.xl.pt/mobilidade/2592-j%C3%A1-pensou-em-construir-uma-biblioteca-digital-pessoal.html
Já se rendeu aos e-books? Então o iLeio
pode muito bem ser a plataforma a conhecer. Totalmente desenvolvido em Portugal,
o iLeio permite aos leitores de e-books não só a leitura das suas
obras preferidas, online e offline, mas ainda a criação de
bibliotecas pessoais, reunindo numa mesma plataforma livrarias online
e bibliotecas digitais.
O menu Livraria dá acesso a todas as livrarias iLeio que
disponibilizam e-books. Os e-books são disponibilizados em
regime de aluguer ou de compra, ou ambas as modalidades. Uma vez formalizados
todos os requisitos da compra ou do aluguer, o e-book é
automaticamente colocado na biblioteca pessoal e na respectiva prateleira do
utilizador, sejam adquiridos ou emprestados.
Noutro ponto, seleccionando o menu Bibliotecas, são
disponibilizadas ao utilizador todas as bibliotecas iLeio. Neste menu, a
requisição de e-books às bibliotecas pode estar sujeita a registo.
Caso o leitor não esteja associado à instituição, deverá contactar a biblioteca
para obter a necessária autorização.
Numa terceira opção, o utilizador pode construir a sua
biblioteca pessoal através das livrarias e bibliotecas, ou ainda adicionando e-books
que já possui. A opção Submeter e-books está disponível em todas as
prateleiras da sua biblioteca pessoal. A submissão é feita online,
mas, de momento, só permite a submissão de livros em formato ePUB.
Acessível no endereço www.ileio.pt, o serviço pode ser
usado independentemente do dispositivo de leitura e não requer conhecimentos
específicos, além dos necessários para utilizar um navegador (browser)
de Internet. O iLeio pode ser testado gratuitamente e em total liberdade, não
sendo preciso instalar qualquer programa informático.
De acordo com Gonçalves Neves,
director-geral da Marka, a empresa pretendia criar um
modelo de negócio que respondesse mais aos interesses dos leitores de e-books.
«O modelo do iLeio partiu da nossa experiência de cerca de seis anos
relacionada com a gestão de bibliotecas institucionais, com a venda de e-books
e com a gestão de serviços a editores, bibliotecas e autores», sustenta o
responsável.
O serviço está oficialmente disponível desde 15 de
Novembro de 2013, na Biblioteca Nacional de Portugal, tendo como
custo associado apenas o da aquisição dos e-books.
No total foram investidos mais de oitocentos mil euros em
dois anos. Quanto ao retorno deste investimento, Gonçalves Neves admite que,
além do retorno financeiro no mercado nacional, todo o projecto foi concebido
também para o mercado internacional. A empresa já tem o serviço disponível em
Angola, na Universidade Agostinho Neto.
«De momento estamos a considerar apenas utilizar a nossa
presença no mundo académico, onde comercializamos livros impressos, bases de
dados, artigos científicos e e-books, e fazemos gestão de
bibliotecas digitais e sites dedicados aos estudantes universitários,
para dinamizar o projecto», avança o responsável.
No entanto, o director-geral da Marka não exclui as
parcerias ou o incremento de parcerias com empresas nacionais com as quais já
coopera tanto no mercado editorial, como no mercado de gestão de bibliotecas
físicas ou no desenvolvimento do mercado internacional.
Gonçalves Neves garante que há apetência no mercado
nacional por um serviço desta natureza e até mesmo por e-books. «É o
passo lógico e necessário para o desenvolvimento do mercado de e-books
e das novas metodologias de leitura», garante o responsável.
Quanto a perspectivas de utilização do serviço, o
director-geral da Marka diz não ter um número muito preciso, no entanto,
acredita que no primeiro ano o número de utilizadores variará os 100 e os 500.
Um valor que considera poder depender «muito» dos editores portugueses.
«O nosso cliente-alvo de momento é o leitor de livros
profissionais e académicos, mais devido ao tipo de e-books que vamos
comercializar do que a qualquer outra segmentação de mercado. Mas
acreditamos que o leque de utilizadores será alargado à medida que os editores
nacionais vão aderindo aos e-books», sublinha o responsável.
Actualmente, apenas cerca de 130 e-books dos
cerca de mais de 120 mil comercializados pela empresa são de editoras
nacionais, uma lista que está disponível em www.euebooks.com/parceriaEditores.aspx.
Como utilizar o iLEIO
O primeiro passo para a utilização do iLeio é a abertura
de uma conta. O utilizador pode optar por criar uma conta interna ou por usar
uma conta externa para configurar o acesso à plataforma. O sistema não requer a
instalação de programas informáticos. A leitura é feita com recurso a um browser,
seja ele Chrome, Firefox, Opera ou Safari. O utilizador pode ler os seus e-books
em qualquer equipamento, PC, telemóvel, table, e na esmagadora maioria
de e-book readers, desde que estes tenham instalado um browser.
24 de jan. de 2014
Revisão da literatura sobre acesso aberto
A obra "Access Publishing: A Literature
Review" de Giancarlo Frosio, apresenta uma exaustiva e atualizada revisão
da literatura sobre acesso aberto. A obra pode ser acessada no URL:
Novidades no RDA
A Comissão de Coordenação Conjunta para o Desenvolvimento do
RDA ( JSC ) , Metadata Management Associates e a ALA Publishing (em nome
dos co- editores de RDA ) têm o prazer de anunciar que os elementos do RDA e
designadores de relacionamento têm sido publicados no Registro Aberto Metadados
( OMR) como Resource Description Framework ( RDF) elemento adequado para dados
vinculados e aplicações da Web Semântica.
Os elementos incluem versões " sem restrições ",
de Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos (FRBR ) e Requisitos
Funcionais para Dados de Autoridade ( FRAD ), os modelos da biblioteca padrão
que sustentam o RDA , que são destinados para uso em aplicações por comunidades
não- RDA .
A versão publicada dos conjuntos de elementos RDA foi
construída em vários anos de trabalho do Grupo de Tarefa DCMI / RDA . Versões
anteriores desenvolvidas pelo Grupo continuarão disponíveis , mas será
preterido para o desenvolvimento, utilização e redirecionado para a nova
versão.
Gordon Dunsire , Presidente da JSC , disse que " O
conjunto de elementos RDA é uma destilação de abordagens modernas para a
descoberta que apoia descrições ricas de bibliotecas e de materiais do
patrimônio cultural e relações detalhadas entre eles a nível
internacional de recursos. A JSC criou recentemente um grupo de trabalho para
auxiliar na ampliação e refinamento dos elementos da RDA , e espera que eles
possa ser úteis para outras comunidades.
Diane Hillmann da Metadados Management Associates disse:
"Estamos extremamente satisfeitos por ser capazes de fazer esta nova
versão já disponível em forma totalmente publicada, pronta para a implementação
nas bibliotecas. Estamos ansiosos para discutir os recursos importantes
disponíveis nesta versão com os nossos colegas nas próximas reuniões da ALA em
pleno inverno e para além. "
James Hennelly , Managing Editor da RDA Toolkit, disse:
" Esta é uma atualização importante para o Registro RDA e um passo crucial
no avanço da missão da RDA para ser um padrão que seja acessível para ambos os
profissionais de catalogação , por meio do kit de ferramentas e publicações
impressas e e-books , e desenvolvedores de aplicativos que procuram fazer uso
de dados da biblioteca , através da expressão do Registro dos elementos RDA e
vocabulários . "
O RDA elementos set name space básica é rdaregistry.info contém um total de
mais de 1.600 propriedades e classes. Os elementos são distribuídos em grupos (
o número de elementos em cada conjunto é indicado entre parêntesis ) :
Propriedades do agente [ http://metadataregistry.org/schema/show/id/81.html
] (226)
Propriedades de expressão [ http://metadataregistry.org/schema/show/id/78.html
] ( 236)
As propriedades do item [ http://metadataregistry.org/schema/show/id/80.html
] (54)
Propriedades Manifestação [ http://metadataregistry.org/schema/show/id/79.html
] (213)
Propriedades de trabalho [ http://metadataregistry.org/schema/show/id/77.html
] (232)
Propriedades sem restrições [ http://metadataregistry.org/schema/show/id/82.html
] ( 698 )
Classes [ http://metadataregistry.org/schema/show/id/83.html
] (8)
Siga os links para ver os detalhes de cada conjunto de
elementos .
Perguntas ou comentários sobre o conteúdo dos conjuntos de
elementos podem ser endereçados ao Presidente da JSC , Gordon Dunsire [ jschair@rdatoolkit.org ] . Perguntas e
comentários sobre a codificação dos vocabulários ou no Registro Aberto
Metadados podem ser endereçados à Diane Hillmann [ metadata.maven @ gmail.com ]
Cordial abraço
Sigrid Karin Weiss Dutra
Presidente
Sección América
Latina y el Caribe / Latin America and the Caribbean Section
IFLA - International Federation of Library Associations and
Institutions / Federación Internacional de Asociaciones de Bibliotecarios y
Bibliotecas
presidenteiflalac@gmail.com
Curso sobre Repositório institucional
Estão
abertas até 20/2 as inscrições para o curso de Especialização em Informação
Científica e Tecnológica em Saúde (ICTS 2014). Como na edição de 2013, o curso será
temático e abordará 'Repositórios Institucionais', com foco em quatro eixos:
acesso; organização; comunicação e usos; aplicações da informação científica e
tecnológica.
O curso
tem como objetivo principal contribuir para o aprimoramento do desempenho das
instituições integrantes do SUS e daquelas voltadas para a ciência e tecnologia
em saúde e visa capacitar profissionais que atuam nas diversas atividades
ligadas à produção, organização, análise e disponibilização da informação
científica e tecnológica. A especialização gratuita, na modalidade lato
sensu com 360 horas, oferece 15 vagas.
Maiores
detalhes no URL:
9 de jan. de 2014
Biblioteca gaúcha sofre com alagamento
Autora: Patrícia
Comunello.
Fonte: Jornal do
Comércio (Porto Alegre, RS). Data: 8/1/2014.
Uma inundação no fim de dezembro gerou um cenário caótico
em uma das bibliotecas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
situadas no Campus do Vale. O rompimento de um cano no prédio onde fica a
Biblioteca Setorial das Ciências Sociais e Humanidades (BSCSH) provocou o
alagamento de parte do acervo de quase 200 mil volumes (180 mil somente de
livros), atingindo a área restrita onde são guardadas obras raras, muitas de
literatura gaúcha, coleção da Filosofia e títulos de pesquisa de pós-graduação.
Além disso, o mobiliário existente na sala de estudos foi danificado e não
poderá ser reutilizado, segundo a direção do Instituto de Filosofia e Ciências
Humanas (IFCH).
No local, que deve ficar fechado para retiradas até o fim
de fevereiro, a ordem é reverter danos. A cena é inacreditável para quem estava
acostumado a frequentar a unidade. Na véspera do Natal, no dia 24, no recesso
das festas, acredita-se que ocorreu o incidente no encanamento gerando
infiltração na área das vigas, sobre parte das estantes no piso térreo e sala
de estudos. Na manhã do dia 26, funcionários voltaram ao trabalho e foram
surpreendidos pelo estrago. Estima-se que 10% do acervo tenha sido atingido,
mas não há dimensão ainda das perdas. Boa parte dos livros, aposta a direção do
IFCH, poderá ser restaurada ou substituída (casos de títulos mais recentes).
Agora livros de todos os tamanhos e idades estão
espalhados pelo chão, abertos para arejamento. Funcionários precisam virar
páginas manualmente para facilitar a recuperação. O balcão de empréstimos foi
tomado pelo acervo, despejado das estantes. Muitos ostentam mofo, mesmo que o
equipamento de ar condicionado esteja sendo mantido funcionando 24 horas para
vencer a umidade e manter a temperatura mais amena.
Nas estantes de metal, gotas de água ainda escapam sob os
livros remanescentes. O bibliotecário Nestor Sanders evita manusear coleções
que estão grudadas para impedir mais danos. Na sala de estudos, que abrigava
mesas e cadeiras, um grande varal foi montado para pendurar centenas de livros
e acelerar a retirada da umidade. “Virou a enfermaria”, descontraiu um dos
funcionários, que se dedicam a recuperar e amenizar os danos da inundação.
Durante o dia, os técnicos não param, usam máscaras
cirúrgicas, luvas e carregam os volumes de um lado para outro, tentando
organizar o caos, identificar os “pacientes” por nível de gravidade. A
enfermaria está superlotada. “Mesmo os que se recuperarem ficarão com
cicatrizes”, ilustra o bibliotecário Nestor Sanders, que localiza em meio aos “feridos”
edições de um dicionário francês do século 18. Muitos colegas de Sanders foram
convocados das férias para o mutirão. Equipes de outras bibliotecas estão
auxiliando e orientando no socorro mais adequado “às vítimas” da inundação.
Na história da biblioteca, é o segundo episódio que gerou
sérios danos ao acervo. Em 1993, um incêndio, até hoje não esclarecido, atingiu
uma das áreas da unidade. A bibliotecária aposentada Maria de Lourdes Mendonça
chegou de surpresa ontem ao prédio e não acreditou ao se deparar com a cena.
“Estou impactada só de olhar e recordar o incêndio de 1993, que não sei se foi
pior, pois tinha fogo e água”, confrontou Maria de Lourdes. Enquanto
perambulava em meio aos livros, a aposentada lamentava que a coleção especial
havia sido atingida, mas não esmoreceu. “O sentimento é pela perda cultural, de
trabalho e organização, isso não têm preço. Mas dá para recuperar tudo”,
incentivou a veterana.
A BSCSH é a unidade mais movimentada entre as 29
bibliotecas setoriais da Ufrgs, que somam 710 mil livros. O motivo é óbvio:
ensino e pesquisa de Ciências Humanas demandam muita leitura, lembrou a
diretora do IFCH, Soraya Côrtes. “Estamos buscando solução para garantir que o
acervo, de grande valor para a formação das áreas, tenha melhor instalação”,
adiantou Soraya, que pediu à área de manutenção da universidade para retirar o
encanamento do nível superior como prevenção. Além disso, o IFCH buscou
assessoria da Faculdade de Arquitetura para definir um projeto prevendo
estrutura mais adequada e confortável aos usuários. Foi aprovado projeto de
construir uma biblioteca reunindo as unidades setoriais do Campus do Vale, mas
não há data de execução, pois o empreendimento depende de licenças.
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