Autoria: Luisa Damaso.
Fonte: Semana Informática (Portugal). Data: 16/01/2014.
URL:
www.semanainformatica.xl.pt/mobilidade/2592-j%C3%A1-pensou-em-construir-uma-biblioteca-digital-pessoal.html
Já se rendeu aos e-books? Então o iLeio
pode muito bem ser a plataforma a conhecer. Totalmente desenvolvido em Portugal,
o iLeio permite aos leitores de e-books não só a leitura das suas
obras preferidas, online e offline, mas ainda a criação de
bibliotecas pessoais, reunindo numa mesma plataforma livrarias online
e bibliotecas digitais.
O menu Livraria dá acesso a todas as livrarias iLeio que
disponibilizam e-books. Os e-books são disponibilizados em
regime de aluguer ou de compra, ou ambas as modalidades. Uma vez formalizados
todos os requisitos da compra ou do aluguer, o e-book é
automaticamente colocado na biblioteca pessoal e na respectiva prateleira do
utilizador, sejam adquiridos ou emprestados.
Noutro ponto, seleccionando o menu Bibliotecas, são
disponibilizadas ao utilizador todas as bibliotecas iLeio. Neste menu, a
requisição de e-books às bibliotecas pode estar sujeita a registo.
Caso o leitor não esteja associado à instituição, deverá contactar a biblioteca
para obter a necessária autorização.
Numa terceira opção, o utilizador pode construir a sua
biblioteca pessoal através das livrarias e bibliotecas, ou ainda adicionando e-books
que já possui. A opção Submeter e-books está disponível em todas as
prateleiras da sua biblioteca pessoal. A submissão é feita online,
mas, de momento, só permite a submissão de livros em formato ePUB.
Acessível no endereço www.ileio.pt, o serviço pode ser
usado independentemente do dispositivo de leitura e não requer conhecimentos
específicos, além dos necessários para utilizar um navegador (browser)
de Internet. O iLeio pode ser testado gratuitamente e em total liberdade, não
sendo preciso instalar qualquer programa informático.
De acordo com Gonçalves Neves,
director-geral da Marka, a empresa pretendia criar um
modelo de negócio que respondesse mais aos interesses dos leitores de e-books.
«O modelo do iLeio partiu da nossa experiência de cerca de seis anos
relacionada com a gestão de bibliotecas institucionais, com a venda de e-books
e com a gestão de serviços a editores, bibliotecas e autores», sustenta o
responsável.
O serviço está oficialmente disponível desde 15 de
Novembro de 2013, na Biblioteca Nacional de Portugal, tendo como
custo associado apenas o da aquisição dos e-books.
No total foram investidos mais de oitocentos mil euros em
dois anos. Quanto ao retorno deste investimento, Gonçalves Neves admite que,
além do retorno financeiro no mercado nacional, todo o projecto foi concebido
também para o mercado internacional. A empresa já tem o serviço disponível em
Angola, na Universidade Agostinho Neto.
«De momento estamos a considerar apenas utilizar a nossa
presença no mundo académico, onde comercializamos livros impressos, bases de
dados, artigos científicos e e-books, e fazemos gestão de
bibliotecas digitais e sites dedicados aos estudantes universitários,
para dinamizar o projecto», avança o responsável.
No entanto, o director-geral da Marka não exclui as
parcerias ou o incremento de parcerias com empresas nacionais com as quais já
coopera tanto no mercado editorial, como no mercado de gestão de bibliotecas
físicas ou no desenvolvimento do mercado internacional.
Gonçalves Neves garante que há apetência no mercado
nacional por um serviço desta natureza e até mesmo por e-books. «É o
passo lógico e necessário para o desenvolvimento do mercado de e-books
e das novas metodologias de leitura», garante o responsável.
Quanto a perspectivas de utilização do serviço, o
director-geral da Marka diz não ter um número muito preciso, no entanto,
acredita que no primeiro ano o número de utilizadores variará os 100 e os 500.
Um valor que considera poder depender «muito» dos editores portugueses.
«O nosso cliente-alvo de momento é o leitor de livros
profissionais e académicos, mais devido ao tipo de e-books que vamos
comercializar do que a qualquer outra segmentação de mercado. Mas
acreditamos que o leque de utilizadores será alargado à medida que os editores
nacionais vão aderindo aos e-books», sublinha o responsável.
Actualmente, apenas cerca de 130 e-books dos
cerca de mais de 120 mil comercializados pela empresa são de editoras
nacionais, uma lista que está disponível em www.euebooks.com/parceriaEditores.aspx.
Como utilizar o iLEIO
O primeiro passo para a utilização do iLeio é a abertura
de uma conta. O utilizador pode optar por criar uma conta interna ou por usar
uma conta externa para configurar o acesso à plataforma. O sistema não requer a
instalação de programas informáticos. A leitura é feita com recurso a um browser,
seja ele Chrome, Firefox, Opera ou Safari. O utilizador pode ler os seus e-books
em qualquer equipamento, PC, telemóvel, table, e na esmagadora maioria
de e-book readers, desde que estes tenham instalado um browser.
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