Fonte: Jornal do
Brasil. Data: 18/09/2013
Os cientistas
brasileiros publicaram 46,7 mil artigos científicos em periódicos no ano
passado, número que coloca o Brasil em 14º lugar como produtor mundial de
pesquisas. Segundo o relatório feito pela empresa Thomson Reuters, isso
equivale a 2,2% de tudo o que foi publicado no mundo, em 2012. Nos últimos 20
anos, o país subiu dez posições nesse ranking.
A China conquistou
o primeiro lugar nesse levantamento, seguida por Estados Unidos, Japão e
Europa. O trabalho foi feito em parceria com o Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (Inpi) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
No Brasil, o ramo
científico que mais produziu artigos foi a medicina clínica. No período de 2008
a 2012, foram produzidos quase 35 mil artigos. Em segundo lugar, ficou a
ciência de plantas e animais, com 19,5 mil artigos no mesmo período. Ciências agrárias
produziram 13,5 mil artigos entre 2008 e 2012. O maior crescimento foi visto
nas ciências sociais e gerais, que saltaram de 1,5 mil entre 2003 e 2007 para
9,8 mil entre 2008 e 2012.
Como consequência
do aumento na produção científica, o pedido de patentes no país chegou a 170
mil no período de 2003 a 2012. Segundo o presidente do Inpi, Jorge Ávila, o
órgão continua lidando com o forte crescimento do número de pedidos de
patentes, que foi 33,5 mil em 2012, com projeção de alcançar 40 mil este ano.
Os maiores
detentores de patentes no país, revelou a pesquisa, foram a Petrobras e as
universidades públicas. De 2003 a 2012, a Petrobras registrou 450 patentes.
Logo atrás, veio a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com 395
patentes. Em terceiro, ficou a Universidade de São Paulo (USP), com 284
patentes. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vem logo em seguida,
com 163 patentes.
De acordo com o
relatório, a ausência de empresas privadas na lista dos maiores detentores de
patentes reflete um aspecto negativo do país. Como a demora na tramitação do
processo pode chegar a oito anos, muitas empresas desistem, pois a tecnologia
pode acabar se tornando obsoleta antes de a patente sair.
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