27 de nov. de 2013

Em Blumenau (SC) biblioteca ambulante funciona numa Kombi



Fonte: Diário Gaucho. Data: 22/11/2013.
Por fora, a Kombi branca adesivada com imagens de crianças parece só mais um carro no trânsito de Blumenau. Mas quando o veículo para e a porta lateral é aberta, vê-se que ele guarda um verdadeiro tesouro. No lugar dos bancos, há estantes cheias de livros prontinhos para serem devorados por leitores.
Mensalmente, o carro vai até as escolas de campo, afastadas do Centro da cidade, com a voluntária Verena Pellis Kirsten, de 46 anos, e oferece atividades para despertar e estimular o gosto pela leitura nos estudantes. É o Mundo Mágico Sobre Rodas com a Biblioteca Ambulante, serviço de extensão da Biblioteca Pública Doutor Fritz Müller e um dos trabalhos finalistas do Prêmio RBS de Educação, na categoria Projeto Comunitário.
Verena está envolvida com o projeto há 20 anos. Ela conta que são atendidas crianças do pré ao 5º ano, com idades entre cinco e 10 anos. Os alunos podem entrar e escolher qual livro querem ler. Depois, numa atividade em sala de aula, elas contam aos colegas sobre os livros que leram e ouvem a leitura de outra obra. Tudo isso sob o olhar de Verena, que garante que a conversa é bem descontraída e flui normalmente.
— A biblioteca é sempre recebida com festa pelas crianças. Muitas escolas de campo têm bibliotecas pequenas ou nem têm. E como é uma atividade diferente, eles adoram. Existem escolas em que as crianças até gritam quando chegamos.
Ao todo, entre 380 e 400 livros são emprestados aos estudantes mensalmente. O acervo da Biblioteca Ambulante tem cerca de seis mil obras. Verena conta que no começo as crianças pegavam livros finos.
— Agora, elas passaram a ter mais interesse. Escolhem livros mais grossos. Temos um aluno que leu as Crônicas de Nárnia. Levou três meses, mas ele leu — destaca.
Verena orgulha-se do projeto e lembra da infância cada vez que chega às escolas. Quando ela era estudante, leu livros que eram trazidos pela Biblioteca Ambulante até a escola que ela frequentava. E conta que, de tão experientes que os pequenos estão ficando na leitura, já indicam obras para os adultos lerem.
— É uma alegria para mim e para eles — se emociona a voluntária.

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