Fonte: Rádio Vaticano. Data: 23/12/2014.
URL: pt.radiovaticana.va/news/2014/12/23/biblioteca_vaticana_acordos_com_china,_cuba_e_s%C3%A9rvia/1115755
Diplomacia vaticana, ecumenismo e
nova evangelização passam também pela cultura, sobretudo aquela ligada ao
livro. Disto está cada vez mais convencido o Bibliotecário da Santa Romana
Igreja e arquivista do Arquivo Secreto do Vaticano, D. Jean-Louis Bruguès,
veterano de missões importantes de cooperação com várias bibliotecas de Estado,
incluindo as da China e Cuba. A Rádio Vaticano conversou com D. Jean-Louis
Bruguès sobre o recente protocolo assinado com a Biblioteca Nacional da Sérvia:“O primeiro motivo: é necessário recordar-se que durante a guerra, Hitler mandou queimar a Biblioteca Nacional. E queimar uma biblioteca é como queimar uma memória, cancelar uma memória. Portanto, o país inteiro tinha perdido a memória. Assim, pediram à Biblioteca Vaticana para recuperar alguma coisa, alguns pedaços que nós tínhamos do seu passado, portanto, a identidade do próprio país. A Igreja local dominante é Ortodoxa, e assim nós tivemos uma relação político-humanística com a Biblioteca Nacional e uma relação ecuménica com o Patriarcado. Isto foi - na minha opinião – um facto também muito positivo para a pequeníssima Igreja Católica que existe na Sérvia: criamos uma montra para a Igreja Católica, dando a esta pequena Igreja mais credibilidade, mais visibilidade”.
“A cultura, pouco a pouco, está a desempenhar um papel central na política: não apenas a política entre os Estados, mas também na política interna de uma nação. O Papa Bento XVI tinha explicado que a nova evangelização passa pela cultura. Esta importante Biblioteca Nacional pediu à nossa Biblioteca Vaticana uma relação de patrocínio. Fizemos isto em Belgrado, mas também na Bulgária e há pouco tempo com alguns países latino-americanos, como Costa Rica, Cuba, Colômbia e Chile. Estes países, com motivos diversos, querem desenvolver uma política cultural na qual a Biblioteca Nacional poderia jogar um papel muito importante. Estes países não têm, porém, uma tradição de cultura da memória, não puderam criar bibliotecas ou arquivos ricos e assim pedem à Biblioteca do Vaticano um patrocínio para que a Biblioteca do Vaticano possa tornar-se para eles uma mãe de cultura”. (RS)
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