Abrasco assina carta contra a limitação dos autores
impostas pela multinacional e em favor do livre acesso ao conhecimento [URL: www.abrasco.org.br/].
Maior limitação das licenças de publicação e
aumento do período de embargo são algumas das novas políticas de acesso, hospedagem
e compartilhamento da Elsevier, divisão editorial-científica da
multinacional RELX Group responsável por mais de 2.500 periódicos científicos e
base de indexação, entre eles, The Lancet e Cell e Scopus.
Assim que foram divulgadas, em 30 de abril, diversas
instituições de pesquisa, associações científicas, bibliotecas públicas e
universidades mobilizaram-se para questionar o aumento das restrições e a
tomada de medidas draconianas
perante aos autores.
“Apesar do posiociomento público da Elsevier pelo
avanço das políticas de compartilhamento do conhecimento, o que acontece é
justamente ao contrário disso. As diretrizes impõem um inaceitável período de
embargo de 48 meses em alguns periódicos. Exigem também que os autores
encaminhem um termo de compromisso de não uso comercial e de não realização de
obras derivadas para cada artigo indexado nos repositórios do grupo, o que
inibe significativamente a possibilidade de reutilização do conteúdo desses
artigos. Qualquer atraso no processo livre apropriação e avaliação das
pesquisas reduz o progresso científico e ergue constrangimentos desnecessários
aos benefícios que o conhecimento pode trazer ao público” aponta o manifesto
assinado pela Abrasco, pelo Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais
(CLACSO); pelo Instituto Brasileiro de Ciências da Informação (IBICT); entre
outras associações. Organizado pela Confederation of Open Acess Repositories
(COAR), o documento está aberto a assinaturas individuais e institucionais.
Não é a primeira vez que o Grupo Elsevier é
questionado por suas ações. Em 2012, um grupo de pesquisadores e matemáticos da
Universidade de Cambrigde, na Inglaterra, iniciaram um movimento de boicote aos
periódicos da multinacional, questionando seu alto poder de concentração econômica;
preços abusivos das assinaturas e proteção de direitos econômicos acima dos
interesses dos autores.
Um comentário:
Tomamos conhecimento da triste iniciativa da editora e corremos com a notícia no IESC - Instituto de Estudos em saúde Coletiva, da UFRJ. Acesso à informação já !!! Para tudo !!! Para todos !!!
Postar um comentário