1 de jan. de 2014

O blog "Biblioteca do Bibliotecário"



Relatório do Blog “Biblioteca do Bibliotecário”

O Museu do Louvre recebe em média cerca de 8,5 milhões de visitantes por ano; o nosso blog “Biblioteca do Bibliotecário” [URL: http://bibliotecadobibliotecario.blogspot.com.br/] não chega a tanto! Ele foi visto desde dezembro de 2010, por 97.050 visitantes, dos quais 41.659 acessos durante 2013.
Desde o seu início já foram divulgadas 1.529 mensagens, das quais 410 em 2013. As mensagens mais populares foram:
1)     Evento: Congresso Brasileiro de Biblioteconomia (divulgada em 24/08/2012) com 1.148 visualizações;
2)     Domínio público: centenas de livros digitais gratuitos (divulgada em 23/05/2012) com 1.048 visualizações;
3)     Curso de Biblioteconomia a distância (divulgada em 23/11/2012) com 570 visualizações;
No tocante às visualizações de páginas por país pode-se verificar que, conforme a tabela 1, o blog tem uma penetração internacional.
Tabela 1 – Visualizações de páginas pelos principais países
País
Número de visualizações
Brasil
58.053
Estados Unidos
15.604
Alemanha
4.254
França
2.227
Rússia
2.139
Ucrânia
984
Suécia
978
Portugal
953
Holanda
615

            Em termos de acessos por navegador (browser) os três mais utilizados foram o Firefox (30.949 usuários, 32% do total), Chrome (29.168, 30%) e Internet Explorer (28.502, 29%).
            Quanto ao sistema operacional utilizado no equipamento do usuário os três sistemas mais utilizados foram o Windows (75.632 acessos, 79%), Macintosh (8.898 acessos, 9%) e Linux (8.569 acessos, 8%).
            Para finalizar, faço votos de que os nossos leitores tenham um ótimo 2014, pleno de paz, saúde e prosperidade. Que 2014 seja um ano em que se possam divulgar boas mensagens.
            Brasília, 1 de janeiro de 2014.


            Professor Murilo Bastos da Cunha

Empresas inovam com biblioteca digital



Fonte: Carta Capital. Data: 31/12/2013.


Aos moldes do Netflix, as empresas Scribd e Oyster oferecem uma biblioteca para os amantes da leitura digital. Diferente de lojas de livros eletrônicos, neste modelo o usuário paga uma mensalidade e tem acesso livre ao catálogo.
Diversos filmes e séries de tevê para assistir a hora que desejar em troca de uma mensalidade fixa. Em tempos de pirataria e com uma geração acostumada a baixar tudo de graça, a proposta do Netflix surgiu como um modelo promissor para a indústria cultural. Ao valor de 16,90 reais mensais, a empresa americana oferece aos assinantes acesso ilimitado a conteúdos audiovisuais que podem ser assistidos em computadores, smartphones, tablets, smart tevês, aparelhos de Blu-Ray e até consoles de videogames.
A ferramenta de tevê online funciona por streaming, um sistema de distribuição de informação multimídia em rede, que não requer baixar o arquivo para o computador do usuário. A conveniência do serviço conquistou adeptos ao redor do mundo e inspirou um novo modelo de biblioteca digital, no qual o leitor pode ter acesso às obras no modo streaming.
O “netflix dos livros” foi lançado recentemente pelas empresas Scribd e Oyster. Por meio da parceria com diversas editoras, essas ferramentas disponibilizam um extenso catálogo de obras literárias, do qual os usuários podem usufruir mediante pagamento mensal.
Multiplataforma, os livros podem ser acessados do celular, tablet ou computador. Além disso, o serviço é financeiramente vantajoso para os adeptos da leitura online, pois as mensalidades cobradas equivalem à aproximadamente o preço de dois e-books, mas oferecem um número muito maior de leituras.
O pioneiro nesse segmento foi o aplicativo Oyster, que oferece mais de 100 mil títulos que podem ser lidos no iPad, iPhone ou iPod Touch. Os membros têm acesso ilimitado às obras mediante o pagamento de US$ 9,95 mensais e a empresa oferece a todos os novos usuários um mês gratuito para experimentar o serviço. A leitura pode ser feita com o usuário online ou não, já que o sistema armazena automaticamente os últimos dez livros abertos pelo internauta para leitura offline.
Hoje, o Oyster possui parcerias com centenas de editoras, grandes e pequenas, de língua inglesa como HarperCollins, Houghton Mifflin Harcourt, Rodale, Open Road, Melville House, Workman, Algonquin e Smashwords para disponibilizar em sua biblioteca lançamentos, best sellers e clássicos, entre outros livros dos mais variados temas.
O serviço possui ainda uma interface social: permite que você eleja uma obra como favorita, saiba quais livros seus amigos estão lendo e tenha acesso a um catálogo de sugestões de leitura personalizado pelo sistema de acordo com suas atividades na plataforma.
Entretanto, todas as obras disponibilizadas pelo app estão em inglês e seu funcionamento está restrito aos EUA e ao sistema iOS. A expectativa é de que, conforme cresça, a plataforma vá aumentando seu leque de parcerias editoriais, estenda sua presença a outros países e crie dispositivos para o sistema Android.
Mais abrangente é o serviço de streaming de livros oferecido pelo Scribd. Além dos celulares e tablets, as obras podem ser visualizadas em notebooks e desktops e, apesar de grande parte estar em inglês, também podem ser encontradas em outras idiomas.
Lançado em 2007, o Scribd surgiu como plataforma de compartilhamento de documentos, tornando-se uma imensa biblioteca digital. Mais de 40 milhões de livros e textos compõem seu acervo, que atinge ao mês uma audiência de 80 milhões de pessoas em todo o mundo. Há cerca de dois meses, a empresa resolveu apostar nesse novo produto de olho nos bons números apresentados pelo Netflix.
A mensalidade do serviço de leitura é de US$ 8,99 mensais e, assim como as outras empresas, o assinante tem acesso ilimitado ao acervo da plataforma. O sistema funciona tanto via site quanto em aplicativos para Android e iOS. O Scribd oferece listas de livros mais lidos, divididos por categorias e indicações de acordo com o histórico. O usuário pode ainda começar a leitura em uma plataforma e terminar em outra sem perder a página. Por exemplo, se começar a ler um livro no computador e precisar sair de casa, basta continuar a leitura do celular do ponto em que parou.

Escola fecha na Grã-Bretanha e doa tudo para a África



Fonte: Boa Informação. Data: 27/12/2013.
URL: www.boainformacao.com.br/2013/12/escola-fecha-na-gra-bretanha-e-doa-tudo-para-a-africa/
Após ser fechada durante o verão do hemisfério norte, uma escola privada britânica decidiu doar tudo o que possuía ─ incluindo móveis e até mesmo uma mesa de sinuca ─ para uma instituição de ensino na África.
O material foi embalado e colocado dentro de um contêiner que será encaminhado a uma escola na cidade de Lawra, em Gana, pela ONG Action Through Enterprise (ATE).
Em três grandes carregamentos, voluntários não só coletaram o mobiliário da escola quanto também todos os livros de sua biblioteca, o piano e o equipamento de lazer.
Localizada no condado de Yorkshire, no norte da Inglaterra, a escola não quis ter o seu nome revelado.
Sarah Gardner, fundadora da ATE, comemorou a doação. “Nós estamos doando uma grande quantidade de coisas; isso é formidável.”
Atípico
A ONG mantém atividades em regiões rurais no noroeste de Gana, um país onde 30% da população não sabe ler nem escrever.
Um dos programas de apoio inclui a distribuição gratuita de merendas para 450 crianças na escola primária de Lawra. O objetivo da ação é aumentar a frequência de alunos.
Sarah conta que, buscando por cadeiras de rodas, conheceu Peter Thompson, da ONG Physio Net, que intermediou a doação de todo o equipamento da escola desativada
“É um tanto quanto atípico para nós termos uma escola inteira doada. Normalmente, nós só fornecemos equipamento para portadores de necessidades especiais”, disse Thompson.
“Mas Sarah mencionou que eles estavam construindo um jardim de infância e procurando por equipamento escolar.”
“Foi então que eu me deparei com essa escola que foi desativada no verão e eles toparam em ajudar a gente.”
Biblioteca
“Soube dessa grande doação há poucas semanas e fiquei feliz da vida”, afirmou Sarah.
“Nunca vi nada parecido. Eles doaram tudo – móveis, mesas, cadeiras e uma biblioteca repleta de livros”.
O carregamento deve chegar em Gana no início de janeiro.
“Trata-se de um projeto muito emocionante porque essas crianças nunca leram um livro e, de uma hora para outra, terão acesso a uma biblioteca completa”, diz Sarah.

Bibliotecas ainda estão ausentes na maioria das escolas do país



Fonte: Capital Teresina. Data: 24/12/2013.
URL: www.capitalteresina.com.br/noticias/educacao/bibliotecas-ainda-estao-ausentes-na-maioria-das-escolas-do-pais-4582.html
No ranking de 65 nações de Avaliação de Estudantes 2012, ficamos em 55º em leitura
A divulgação, na semana passada, dos resultados de um exame que compara o aprendizado de alunos em diversos países voltou a chamar a atenção para os desafios do Brasil na educação. No ranking de 65 nações e economias analisadas pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes 2012 (Pisa, na sigla em inglês), ficamos em 55º em leitura, 58º em matemática e 59º em ciências.
O Brasil até vem avançando timidamente a cada exame, que acontece a cada três anos, e conseguiu melhora significativa em matemática nesta edição. Em leitura, porém, não houve avanço. Ao contrário: o país caiu dois pontos (de 412 para 410) em relação ao Pisa anterior, de 2009.
A dificuldade dos alunos brasileiros em entender o que leem é diagnosticada também no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e na Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização), que analisa a qualidade da alfabetização das crianças que concluíram o 3º ano do ensino fundamental. Em 2011, a prova revelou que metade dos alunos da rede pública não alcançou os níveis de leitura esperados.
Uma lei originada no Congresso tem um papel estratégico para aproximar as crianças e adolescentes dos livros. A Lei 12.244, de 2010, determina que todo estabelecimento de ensino do país, público ou privado, deve ter uma biblioteca. No entanto, apenas 33,7% das escolas brasileiras de educação básica cumprem o que diz a lei, segundo levantamento elaborado pelo movimento Todos pela Educação (TPE) com dados do Censo Escolar de 2011, do Ministério da Educação (MEC). Pelo Censo Escolar 2012, que considera bibliotecas e também salas de leitura, são 42% dos estabelecimentos, atingindo 75% dos alunos matriculados.
O déficit é ainda mais acentuado quando se considera apenas a rede pública. Nela, somente 27,5% das instituições oferecem a estrutura aos alunos, de acordo com o estudo do Todos pela Educação. A situação indica que o prazo estabelecido pela Lei 12.224 para adequação das escolas — maio de 2020 — dificilmente será cumprido. "O desafio é muito grande. Teriam que ser criadas 34 bibliotecas por dia no país", diz Alejandra Meraz Velasco, gerente técnica do TPE.
Ritmo lento
Alejandra explica que a implantação exige esforço das escolas porque, além do investimento para criação do espaço, são necessários acervo inicial (a Lei 12.244 estabelece o mínimo de um exemplar por aluno), a catalogação dos livros e a destinação de profissional para atender os estudantes. "Seria preciso ter uma ação ampla, focada nas escolas que ainda não têm biblioteca", defende.
Hoje, o único programa de alcance nacional específico para bibliotecas escolares é o Biblioteca na Escola, do MEC, que fornece acervo às instituições de ensino de educação básica cadastradas no Censo Escolar.
O presidente da Comissão de Educação do Senado, Cyro Miranda (PSDB-GO), diz ver com preocupação a pouca atenção dada à efetividade da lei. "Se continuarmos nesse ritmo, é evidente que não vamos conseguir cumprir a meta de fazer com que toda escola tenha biblioteca, uma estrutura que em todo o mundo é prioridade".
Na avaliação do senador, o cumprimento de leis como a 12.244 e inclusive das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (o PNE, cujo projeto, PLC 103/2012, tramita no Senado e deve ir a Plenário amanhã) só será efetivo quando for aprovada a Lei de Responsabilidade Educacional — LRE (PL 7.420/2006), proposta que está em análise na Câmara. A exemplo da Lei de Responsabilidade Fiscal, a LRE estabelece a responsabilidade dos gestores públicos na educação básica e prevê obrigações e sanções para autoridades que não cumprirem a legislação educacional.