Fonte: Jornal do Brasil. Data: 13/02/2011.
Passar muito tempo assistindo TV, jogando videogames e navegando pela Internet faz com que as crianças fiquem mais sujeitas a diversos problemas de saúde, entre os quais obesidade e fumo, disseram pesquisadores norte-americanos, ao divulgar recente pesquisa realizada sobre o assunto. Especialistas do National Institutes of Health dos Estados Unidos, da Universidade Yale e do California Pacific Medical Center analisaram 173 estudos conduzidos desde 1980, em uma das mais abrangentes avaliações já realizadas sobre a maneira pela qual a exposição a fontes de mídia pode afetar a saúde de crianças e adolescentes.
Os estudos, a maioria dos quais realizados nos EUA, se concentram em televisão, mas alguns também consideram videogames, filmes, música e uso de Internet e computadores. Três quartos das avaliações apontam que consumo mais alto de mídia está associado a resultados negativos de saúde. Os estudos oferecem fortes indícios de que as crianças com mais exposição à mídia têm maior propensão à obesidade, ao fumo e a iniciar atividades sexuais mais cedo do que as crianças que passem menos tempo diante de uma tela, dizem os pesquisadores.
Outras pesquisas apontam que mais exposição à mídia também está vinculada a uso de álcool e drogas e desempenho escolar mais baixo, mas os indícios quanto a um vínculo a problemas de deficiência de atenção e hiperatividade não são tão firmes, eles apontam.
– Acredito que o número de pesquisas que demonstram esse impacto negativo de saúde tenha sido uma surpresa – disse o médico Ezekiel Emanuel, do NIH, um dos pesquisadores responsáveis pelo relatório divulgado pela organização sem fins lucrativos Common Sense Media, em entrevista por telefone.
Os especialistas alertam há década sobre o impacto do conteúdo sexual ou violento de alguns programas de TV, filmes e videogames sobre os jovens espectadores. Outra questão preocupante é que as crianças passam cada vez mais tempo no sofá assistindo TV ou jogando videogames, quando deveriam estar brincando ao ar livre.
– O fato de que a questão da quantidade talvez importe mais que o conteúdo em si também é causa de preocupação. Temos uma vida de alta saturação de mídia, no século 21, e reduzir as horas de exposição será uma questão importante – acrescentou.
Um comentário:
Nossos avós já diziam que tudo em demasia faz mal. Isto também se aplica à internet. Parece que, inclusive, já existe uma nova doença psicológica relacionada com a dependência à internet.
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