Livros da biblioteca do Vaticano estão sendo digitalizados com tecnologia usada em satélites espaciais. O projeto do Vaticano em parceria com a Agência Espacial Europeia (Esa, da sigla em inglês) tem o objetivo de preservar e compactar arquivos. Fundada em 1475, a biblioteca do Vaticano é uma das mais antigas do mundo, com milhares de manuscritos de antes da invenção da imprensa. Alguns deles chegam a ter mais de 1800 anos.
A biblioteca precisava de um método para escanear os antigos e delicados manuscritos e armazenar os arquivos para que pudessem ser lidos daqui a centenas de anos. A solução do problema veio de um formato usado para a maioria de seus satélites científicos. Hoje, o formato desenvolvido para guardar as imagens das estrelas, chamado de FITS’ está sendo adaptado para um propósito bem diferente: preservar uma das maiores coleções do mundo de livros antigos.
"A maioria das missões espaciais, como o Telescópio Espacial Hubble, usaram o FITS para armazenar e estudar os dados científicos", diz Giuseppe Di Persio, do Instituto Nacional de Astrofísica da Itália. Dr. Di Persio agora está trabalhando na Biblioteca do Vaticano em Roma, no projeto piloto de digitalização da coleção do vaticano com o uso do FITS.
Agora o formato também é usado para a digitalização dos antigos tomos da coleção do Vaticano. Pressionado contra uma placa de vidro, as páginas antigas pode ser distorcida, mas o software do scanner desenvolvido para o projeto calcula automaticamente a diferentes ângulos, resultando em uma imagem precisa e plana.
“É muito perigoso que os manuscritos sejam tocados”, disse Luciano Ammenti, diretor do Cnetro de Informação tecnológica do Vaticano. Ele afirma que a escolha do formato FITS foi feita por causa de sua longevidade e também por ser um código aberto, sem relação com qualquer companhia.
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