Fonte: Universidade Federal do
Rio de Janeiro. Casa da Ciência/UFRJ.
Data: 13/03/2012.
No dia
16 de março, será lançado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) o
projeto CIM - Centro Interuniversitário de Memória e Documentação, que
envolverá outras universidades públicas e organizações da sociedade civil. A
proposta, financiada pelo Ministério da Educação, é criar um espaço para
divulgação de acervos artísticos e científicos que potencialize ações e
políticas de preservação do patrimônio material e imaterial brasileiro.
A
diretora da Faculdade de Letras da UFRJ, Eleonora Ziller, destaca que o CIM vai
permitir que pesquisadores de todo o País acessem acervos digitalizados e
contará também com uma incubadora de instituições gestoras de memória. Além
disso, haverá lugar para exposições, debates, eventos e outras ações de divulgação
de todo esse patrimônio para o público.
A
Ocupação Boal é o projeto piloto que impulsiona a criação do CIM. Ele nasceu de
uma parceria entre a Faculdade de Letras, a Casa da Ciência da UFRJ, a reitoria
da universidade e o Instituto Augusto Boal - criado e mantido pela família do
dramaturgo e que, em 2011, cedeu seu acervo para a universidade. Cecilia Boal,
viúva do teatrólogo, afirma estar "confiante e esperançosa com a
possibilidade de criar um polo de interesse vivo e crescente pelo teatro, pela
literatura dramática, não só brasileira como também latino-americana". A
data do lançamento festeja também o aniversário de nascimento de Augusto Boal,
que completaria 81 anos.
Entre os
dias 16 e 23 de março, a UFRJ abrigará uma intensa programação que inclui mesas
de debate sobre memória e política no Brasil e exibição de filmes sobre a
trajetória de Augusto Boal. Um dos filmes exibidos no dia 17 (sábado) é Augusto
Boal e o Teatro do Oprimido, de Zelito Viana. O próprio diretor participa de um
debate, ao final da sessão, com Fabian Boal, filho do dramaturgo e Helen
Sarapeck, coordenadora do Centro de Teatro do Oprimido (CTO-Rio).
Já no
dia 21 (quarta), por exemplo, Noni Ostrower, filha da artista plástica Fayga
Ostrower, participa de uma das mesas de debate do evento que discute as
políticas de memória e preservação do patrimônio. Noni vem enfrentando nos
últimos anos inúmeros desafios para manter e preservar o acervo de sua mãe, e
hoje preside um instituto criado com esse fim. No último dia, será concedido ao
dramaturgo, pela Faculdade de Educação da UFRJ, o título de Honoris causa.
Todas as palestras e exibições acontecem no auditório da Casa da Ciência/UFRJ,
no Campus Praia Vermelha, na Urca, Rio de Janeiro.
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