10 de dez. de 2012

Obra rara e a comunicação cientifica


Leitura indispensável: “Historia e historiadores de Brasil Colonial: uso de livros raros digitalizados na comunicação científica e a produção do conhecimento, 1995-2009”, por Valeria Gauz.

Resumo

Análise da Comunicação Científica e da produção do conhecimento de historiadores de Brasil Colonial a partir do uso de livros raros digitalizados na internet de 1995 a 2009, período correspondente aos primeiros quinze anos dos projetos de digitalização de acervo raro em instituições de pesquisa. O objetivo da presente pesquisa é verificar em que medida os livros raros na internet são parte do processo de comunicação dos historiadores neste momento no Brasil e o impacto por esses causado na pesquisa.

Aborda a questão do acesso livre à informação científica por meio de uma síntese histórica que remonta ao século XVII e analisa as “duas culturas” associadas às Ciências Naturais e as Humanas. Historiadores de Brasil Colonial são retratados em seu perfil; uso de coleção impressa e digitalizada; uso de tecnologia de informação e possíveis barreiras; tendências para a área; se fontes eletrônicas são citadas em suas pesquisas; fluxo da informação durante a pesquisa e conhecimento do Movimento de Acesso Livre à Informação Científica. Alguns resultados demonstraram que esse historiador faz uso de tecnologias e, em geral, não se sente pressionado por essas; encontra mais barreiras no uso de livros raros impressos do que no uso de livros raros digitalizados na internet, mas este último não substitui o impresso. O acesso ao livro raro digitalizado causou impacto na pesquisa e pode haver ameaça da soberania da monografia impressa como principal instrumento de disseminação da informação desses historiadores. A maioria é a favor do Movimento de Acesso Livre à Informação Científica.

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