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3 comentários:
É uma iniciativa muito válida, porém, quem será o público alvo a ser atingido? A população de classe baixa ainda não tem acesso gratuito e irrestrito às tecnologias capazes de possibilitar a leitura desses livros...e então, como é que fica? Penso que antes de democratizar a leitura digital, deveria-se democratizar o acesso às tecnologias que permitem essa mesma leitura!
Caro anônimo:
Acho que as duas coisas podem ser feitas de forma simultânea, isto é, a provisão de conteúdos brasileiros e o acesso às tecnologias. Apesar das dificuldades o Brasil está caminhando para reduzir o fosso digital. Já temos mais de 90 milhões de brasileiros que acessam a internet; é claro que ainda faltam 100 milhões! Mas chegaremos lá!
Obrigado pelo seu comentário.
Murilo Cunha
Sim, é verdade, as duas coisas podem ser feitas de forma simultânea...mas, existe ainda uma outra questão: o acesso às tecnologias garante a utilização das mesmas? Por exemplo, eu sou bibliotecária de um instituto federal do interior do Espírito Santo. Os alunos são em sua maioria, provenientes da zona rural da região. O instituto disponibiliza computadores, os alunos sabem usá-los para executarem tarefas básicas, mas ainda estão muito distantes de conseguirem ler um livro digital na íntegra (apesar de utilizarem bastante o acervo físico da biblioteca). Talvez seja o momento da biblioteca elaborar um projeto de incentivo à leitura de livros digitais, mas isso é complicado pois nem eu mesma, que constantemente estou lendo coisas no computador e sei utilizá-lo para as minhas tarefas diárias, consigo ler um livro inteiro em PDF. Lógico que no caso do Domínio Público, existem outros tipos de produções intelectuais, como músicas e fotos e podem ser acessados e "desfrutados" de forma menos maçante que um livro de 500 páginas em PDF, porém eu acredito que em muitos casos, o físico ainda é a alternativa preferida e às vezes chega a ser inclusive a mais prática.
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