Fonte: Alagoas 24 Horas. Data: 05/08/2013.
Toda terça-feira o grupo
Biblioencanta formado por alunos, professores e técnicos administrativos, se
reúne no curso de Biblioteconomia com uma missão: difundir a leitura. Eles
criam dinâmicas, peças teatrais com personagens literários e muitas vezes
passam a noite pensando em formas criativas para transformar as bibliotecas em
fontes de imaginação. O grupo faz parte do Projeto de Extensão Incentivo à
leitura por meio da hora do Conto, em seu primeiro ano de atuação
O grupo já atende a três
instituições: o Lar das Meninas, Localizado na Gruta de Lourdes, o Instituto de
Estudos Herculano Pires, situado no Alto do Céu, e a Escola do Sesi, no
Cambona, onde 18 turmas do primeiro ao sexto ano recebem visitas dos 13
voluntários para a contação de histórias, além de atender a convites para
apresentação em diferentes locais. “Há dinâmica de música e brincadeiras,
sempre levando as crianças a se interessarem pela leitura , fazendo com que
elas criem o hábito de tomar emprestado os livros das bibliotecas dessas
instituições”, relata Adriana Lourenço, coordenadora do projeto.
A professora comemora os bons
resultados, ao falar que no Instituto Herculano Pires, as crianças já criaram o
costume de pegar livros semanais para casa, mas complementa que nas comunidades
com carência de leitura, o desincentivo é maior que o incentivo.
“As crianças são desestimuladas a
leitura por desconhecer a existência das bibliotecas. Outras vezes as próprias
escolas não fazem empréstimos dos seus livros para conservá-los, o que acarreta
um desinteresse durante a formação das crianças. É necessário um trabalho de
conscientização tanto das crianças, quanto dos educadores”, esclarece Adriana.
Pesquisa e extensão
Os voluntários do grupo
Biblioencanta se reúnem, todas as terças-feiras para ensaiar as atividades
lúdicas, que são realizadas uma vez por mês nas instituições. Esse trabalho é
produzido sobre a orientação teórica de estudiosos do tema, já que o projeto
nasceu do Grupo de Pesquisa Leitura, Biblioteca Escolar e Cidadania, que
acredita no papel da leitura como agente de transformação social.
Pensando em diminuir os efeitos de
estatísticas do relatório da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, que aponta
o número decrescente de leitores brasileiros, o projeto visa contribuir para
uma mudança do atual perfil de leitores do Brasil, mais especificamente de
crianças em risco social atendidas por instituições da cidade de Maceió.
Adriana acrescenta que a contação
de histórias foi uma das formas encontradas para superar essa realidade
“entendendo que quanto mais cedo histórias orais e escritas entrarem na vida da
criança, maiores a chance dela gostar de ler, vê-se a importância do incentivo
à leitura para a formação de leitores e cidadãos”, defende a coordenadora.
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