Fonte:
Portal G1 RS. Data: 4/11/2013.
URL: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/11/biblioteca-mais-antiga-do-rs-precisa-de-recursos-para-restauracao.html
Localizada no município de Rio
Grande, a Biblioteca Rio-Grandense é a mais antiga do Rio Grande do Sul
e também a que possui o maior acervo. Todo esse patrimônio histórico e
cultural, no entanto, atualmente se encontra ameaçado pela falta de recursos
para a conservação do prédio, conforme mostra a reportagem do Jornal do Almoço
(veja o vídeo).
São mais de 500 mil volumes
distribuídos pelos quatro andares do prédio. Alguns deles são verdadeiros
tesouros, como um livro de 1550 traduzido do grego. Já outro, desenhado a mão,
conta a história da flora brasileira e é um dos poucos exemplares disponíveis
em todo o país.
Para quem se interessa pela Guerra
do Paraguai, há uma vasta literatura de Artur José Montenegro, com fotos de
soldados e generais. No livro de visitas da biblioteca fundada em 1846 também
constam assinaturas da Princesa Isabel e Dom Pedro.
A biblioteca abriga ainda livros e
documentos únicos, como coleções completas de jornais da cidade, desde o século
19 até os dias de hoje. “Essa biblioteca permite a produção de dissertações de
mestrado, de tese de doutorado, que podem trazer grandes descobertas para a
história intelectual brasileira”, diz o historiador José Henrique Torres.
Além das raridades, a biblioteca
também oferece literatura moderna, com best sellers vendidos no mundo todo como
os romances de Nicolas Sparks e o clássico inglês “O Morro dos Ventos Uivantes”.
Os livros estão à disposição dos 420 sócios que pagam por R$ 15.
Segundo a direção da casa, o
dinheiro arrecadado é pouco para manter a instituição. O prédio tombado em 2006
precisa ser restaurado para preservar o acervo. E para isso a direção espera contar
com recursos da Lei Rouanet.
“Contempla a parte de alvenaria
externa e também os móveis e utensílios da biblioteca para procurar adequar ela
com o que de mais moderno. Enfrentamos uma série de dificuldades com relação a
um plano de prevenção contra incêndio. Nosso material é um material
degradável”, diz o vice-presidente da biblioteca, Pedro Alberto Brasil.
O jornalista Willy Cesar frequenta a biblioteca há 30 anos. Ele conta que para escrever os quatro livros que lançou fez muitas pesquisas na biblioteca. “Não tem biblioteca completa como a nossa. Aqui é possível contar a história de qualquer instituição, pública, privada, clube, colégio”, enumera.
O jornalista Willy Cesar frequenta a biblioteca há 30 anos. Ele conta que para escrever os quatro livros que lançou fez muitas pesquisas na biblioteca. “Não tem biblioteca completa como a nossa. Aqui é possível contar a história de qualquer instituição, pública, privada, clube, colégio”, enumera.
O estudante Rodrigo Prestes sonha
em ser professor. Há pouco tempo, ele passou a ser frequentador assíduo na
biblioteca, principalmente pelo acesso gratuito à literatura. “O livro tem
isso. Ele está quieto, parado na estante e tu tem que te mover a ele e o teu
pensamento criar a imagem. Só que a imagem que ele cria é muito mais bonita que
a televisão”, define.
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