Fonte: Agência FAPESP. Data: 25/02/2014.
A
Scientific Electronic Library Online (SciELO) Brasil mantém a liderança na categoria Top
Portals na nova edição do Ranking
Web of World Repositories – posição que ocupa
desde 2011. Atualizado semestralmente pelo Conselho Superior de Investigação
Científica (CSIC) da Espanha, desde 2008, o ranking reúne portais de
publicações científicas de acesso livre e gratuito, destacando os de maior
presença e impacto na web.
O SciELO é um programa da FAPESP criado em
1998 e conta com o apoio do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação
em Ciências da Saúde (Bireme) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq).
“Ao longo de seus quase 16 anos, a SciELO Brasil vem
acumulando uma coleção científica notável – boa parte da melhor ciência
publicada no país nesse período. Além disso, a permanência na primeira
colocação do ranking reflete a força do programa, que aposta na atualização
constante de seu sistema operacional, a fim de que a visibilidade da biblioteca
e de seus conteúdos seja cada vez mais facilitada”, afirmou Abel Packer,
diretor do Programa SciELO, à Agência FAPESP.
Entre os indicadores considerados na construção da lista Top
Portals, Packer destaca o da visibilidade (calculado a partir do número de
links externos que apontam para cada repositório), ponto mais forte da coleção
brasileira.
“Isso quer dizer que o SciELO tem grande presença e
capilaridade na internet. Sempre que um pesquisador procura uma informação, a
biblioteca está disponível nos principais mecanismos de busca, por meio de
links e hiperlinks, para auxiliá-lo”, disse.
O ranking também leva em conta tamanho (número de páginas
indexadas das coleções presentes em buscas feitas via Google); quantidade de
artigos denominados rich files (arquivos em formatos como pdf, doc, docx, ppt,
pptx, ps e eps, também extraídos do Google); e número de artigos recentes
publicados no Google Scholar (ferramenta de busca para a pesquisa em trabalhos
acadêmicos). Em cada um desses três indicadores, a SciELO Brasil ficou na
segunda colocação – atrás dos programas China National Knowledge Infrastructure
(tamanho e Google Scholar) e Red de Revistas Científicas de América Latina y el
Caribe, España y Portugal (rich files).
Já o portal geral do programa – scielo.org, com as 14 coleções de periódicos que integram a Rede
SciELO – ficou na 13ª colocação geral do Top Portals e no 6º lugar na categoria
visibilidade. De acordo com Packer, “esse foi outro destaque importante para
nós, uma vez que a página funciona como porta de acesso a todas as coleções
específicas”.
Dos 143 portais presentes na lista, outros 16 pertencem à
Rede SciELO: SciELO Chile (8º lugar), SciELO Argentina (11º), SciELO Public
Health (15º), SciELO Espanha (17º), SciELO México (20º), SciELO Cuba (27º),
SciELO Peru (34º), SciELO África do Sul (36º), SciELO Portugal (39º), SciELO
Costa Rica (41º), SciELO Colômbia (51º), SciELO Bolívia (59º), SciELO Venezuela
(61º), SciELO Uruguai (63º), SciELO Social Sciences (73º) e SciELO Paraguai
(86º).
Visibilidade internacional
Em termos de concorrência, Packer cita, por exemplo, o
programa China National
Knowledge Infrastructure, primeiro lugar em
tamanho e em número de artigos publicados no Google Scholar.
“Nossa preocupação é manter a liderança no quesito
visibilidade. Para isso, investimos na publicação rápida de conteúdos –
qualquer atraso significa perda de tempo de exposição– e na profissionalização
dos periódicos brasileiros, no sentido de que sigam os mais altos padrões
internacionais”, comentou.
A coordenação da SciELO Brasil também promove
sistematicamente a adoção do inglês na publicação de artigos acadêmicos.
“Existem áreas em que publicar em português é essencial para que o conhecimento
seja disseminado e chegue à sociedade do país. Mas a visibilidade e o
desempenho internacional acabam penalizados. Por isso, incentivamos a
internacionalização dos periódicos que tenham vocação para tanto, seja por sua
área de abrangência, escopo ou objetivo”, disse Packer.
Os esforços empreendidos nesse sentido colaboraram para
que, em 2012, o número de artigos em inglês superasse a cifra de 50% na SciELO
Brasil (leia mais em http://agencia.fapesp.br/18109).
“Precisamos ainda de políticas nacionais que apoiem os
periódicos brasileiros de forma permanente e consistente, a fim de que eles
possam cumprir sua função essencial no desenvolvimento da ciência e da pesquisa
brasileira”, disse Packer.
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