Fonte: O Tempo. Data: 10/03/2014.
URL: www.otempo.com.br/divers%C3%A3o/livros-voltam-a-ganhar-espa%C3%A7o-no-lazer-do-brasileiro-1.806014
De acordo com pesquisa da
Fecomércio (RJ) sobre os hábitos culturais do brasileiro, a leitura de livros
surge como a atividade cultural mais praticada no país em 2013. Segundo o
estudo, a leitura conquistou um percentual de 35% dentre os entrevistados, ficando
à frente de outras atividades como cinema (28%), apresentações musicais (22%),
peças de teatro (11%), exposições de arte (8%) e espetáculos de dança (7%).
Desde o início do levantamento realizado pela Fecomércio, em 2007, a leitura de
livros tem se destacado como atividade cultural mais citada entre o público.
De acordo com o economista
Christian Travassos desde o início do levantamento, em 2007, a leitura de
livros tem se destacado como atividade cultural mais citada entre os
entrevistados, mas sob oscilações ao longo do período. Com crescimento
econômico acima da média recente, o ano de 2010 havia registrado os melhores
resultados em termos de adesão à cultura, não mantidos em 2011 e 2012. No ano
passado, porém, houve uma retomada, em graus distintos, da maioria das
atividades. Sucessos editoriais que se popularizaram no país no último ano,
promoções culturais e parcerias entre empresas no segmento cultural
contribuíram nesse processo.
Mesmo com o crescimento
recente, mais da metade dos brasileiros que não leram nenhum livro no ano
passado (59%) disseram não ter o hábito da leitura. Em seguida, 32% afirmaram
que não gostam de ler ou que preferem outras atividades culturais. Com menor
relevância, 7% informaram que não podem pagar ou acham caro os preços dos
livros.
Em 2013, entre os que não
leram livros (65%), 55% disseram não possuir o hábito da leitura. Em seguida,
31% afirmaram que não gostam de ler ou preferem outras atividades culturais.
Com menor relevância, 11% informaram que não podem pagar ou acham caro os
preços dos livros.
A principal razão apresentada
pelos brasileiros para não frequentarem atividades culturais continua sendo
“falta de hábito” e o fato de não gostar (ou preferir outras atividades). O
preço não é o principal motivo. O custo da atividade aparece apenas na terceira
posição entre os motivos que distanciam o brasileiro de atividades culturais.
Para os 49% que não usufruíram de nenhum programa cultural no ano passado, os
principais meios de lazer citados foram assistir TV (52%), seguido por ir a
centro religioso (15%), fazer um almoço com amigos (8%), ir a barzinhos e jogar
futebol (ambos com 6%)
A pesquisa abordou também o
quanto os entrevistados estão dispostos a desembolsar por algum produto ou
serviço. O valor médio respondido foi de cerca de R$ 26 para ir a show de
música ou comprar um livro. Já para adquirir um CD ou DVD, os consumidores não
estariam dispostos a pagar mais do que R$11 e R$12, respectivamente. Para o
levantamento da Fecomércio RJ/Ipsos Hábitos Culturais do Brasileiro foram
entrevistadas mil pessoas em 70 cidades, incluindo nove regiões metropolitanas.
A pesquisa tem como objetivo acompanhar o acesso do brasileiro às atividades
culturais mais populares no país e gerar subsídios para incrementar essa
adesão.
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