Fonte: Alagoas
24 Horas. Data: 21/11/2014.
URL: www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vEditoria=Cultura&vCod=214324
Modernização – Em
todo o processo de restauração e modernização da Biblioteca Pública Estadual
Graciliano Ramos foram investidos R$ 3,4 milhões, por meio do convênio do
Governo de Alagoas, por meio da Secretaria da Cultura, com a Fundação
Biblioteca Nacional, vinculada ao Ministério da Cultura, sendo mais de R$ 800
mil a contrapartida do Tesouro do Estado. O secretário de Estado da Cultura,
Osvaldo Viégas, aponta algumas das novidades: instalação de dois telecentros,
setor em braile, acervo de obras raras, Memoriais Graciliano Ramos e da
Biblioteca Pública Estadual.
Todo o acervo
reunido, cerca de 90 mil títulos, tem passado por um processo de avaliação e
cuidados, de acordo com a diretora da Biblioteca, Maria Luiza Russo. A BPE
disponiblizará, inicialmente, mais de 70 mil títulos à população. Os livros
foram divididos em sessões, por sala. As obras de alagoanos e sobre o Estado
ocupam um espaço exclusivo – são mais de 6 mil títulos.
Outros dois
ambientes, o espaço infanto-juvenil e a bebeteca, destacam-se pelas cores e
livros novinhos. Os bebês poderão ser apresentados ao folhear das páginas, numa
área própria, onde podem se movimentar no chão, sobre tapetes emborrachados,
com mobiliário lúdico. Para crianças e jovens, o acervo é de mais de 3 mil
títulos, incluindo uma Gibiteca.
Deficientes
visuais também poderão ter em mãos clássicos da literatura e exemplares do
Direito. Mais de mil livros compõem a seção em braile, todos reunidos, numa
área acessível.
Além das seções
com livros, a maioria dotada de salas de leitura, a Biblioteca Pública Estadual
Graciliano Ramos apresenta também uma biblioteca modelo, que servirá de
referência para as administrações municipais na implantação de novos espaços
para ler e tem a curadoria da bibliotecária Wilma Nóbrega. Na BPE, os livros
ganharam a companhia de computadores. Os dois telecentros serão abertos 8 horas
por dia, com acesso livre. Mais uma forma de inclusão.
A Biblioteca
Pública Graciliano Ramos funcionará das 8h às 17h. Boa parte do acervo está
catalogado digitalmente. O acesso ao catálogo, com a localização, pode ser
feito em terminais, instalados nos três pavimentos da Biblioteca. O serviço de
autoatendimento será uma realidade.
Seção de Obras
Raras – Os livros raros estão todos reunidos agora numa sala exclusiva da
Biblioteca Pública Estadual. Mais de 6.300 títulos. Os livros centenários
passaram pelas mãos de um jovem, Francisco Ferreira, estudante de História e um
apaixonado pelos registros, com o acompanhamento da bibliotecária Almiraci
Dantas dos Santos. Francisco mostra a obra mais antiga, a coleção Da Asia de
Diogo Couto – dos feitos que os portuguezes fizeram na conquista e
descobrimento das terras e mares do Oriente, de 1778. Até o momento, outros
exemplares dessa coleção somente foram localizados em Portugal.
Colaboradores –
Todas essas histórias mantiveram-se vivas graças ao comprometimento de
funcionários abnegados. Consta no quadro Valdir Nobre, que trabalha na
Biblioteca há 40 anos. Ele é o responsável pela seção de jornais. Tem histórias
inusitadas de pesquisas. Outras colaboradoras, Cícera Vicente e Telma Sueli
Roque têm menos tempo de casa, 33 e 32 anos, respectivamente. No time, espaço
ainda para Jorge Neves, com 15 anos de BPE.
Aspectos
históricos – A Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos envolve aspectos
importantes da história de Alagoas. O prédio em si, o Palacete Barão de
Jaraguá, foi cenário da vinda de D. Pedro II e D. Teresa Cristina, em 1859.
Cedido pelo português José Antônio de Mendonça, posteriormente intitulado Barão
de Jaraguá, foi a residência oficial do casal em Maceió – o Paço Imperial.
Restauração – A
restauração do prédio, que possui três pavimentos e 54 salas, tem sido
acompanhada pelas arquitetas Adriana Guimarães Duarte e Ariana Salete de
Moraes, autoras do texto Palacete Barão de Jaraguá: o ato de restaurar, que
integra o livro Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos, uma publicação da
Imprensa Oficial.
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