Fonte: Diário Digital. Data: 14/01/2016.
URL;
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=807004
"A nossa
ideia é criar uma única biblioteca
digital comum, um espaço onde o cidadão de qualquer
Estado pode ter acesso às informações dos países da
lusofonia", disse Jairoce, em declarações à Lusa em Maputo.
Quando o acesso à informação é ainda um
desafio para alguns Estados africanos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP), como é o caso de Moçambique, Jorge
Jairoce entende que a criação de uma
biblioteca digital comum pode dinamizar o processo da democratização da informação, ponto
destacado como elementar no quadro das estratégias de governação destes
Estados.
"Nós temos de
perceber que o acesso à informação, através da plataforma
digital, é um elemento importante hoje para o desenvolvimento
de qualquer país", acrescentou o diretor da Biblioteca
Nacional de Moçambique.
Numa primeira
fase, o projeto dependerá do orçamento interno
de cada país, tendo em conta as assimetrias que existem a nível económico entre os
Estados integrantes da CPLP, adiantou Jorge Jairoce.
Enquanto Portugal
e Brasil já possuem bibliotecas nas plataformas digitais, países como Moçambique e Angola
debatem-se ainda com o problema da digitalização do seu espólio, condição elementar para
a sua integração na iniciativa.
"A nossa
grande dificuldade neste projeto está relacionada com
os recursos financeiros", lamentou Jorge Jairoce, lembrando que uma única máquina de
digitalização de documentos no mercado internacional está orçada em cerca de
100 mil euros.
"A vontade
política até existe, mas não basta vontade
sem financiamento", concluiu o diretor da Biblioteca Nacional de Moçambique,
prevendo para os próximos dois anos a implementação efetiva do
projeto.
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