Fonte: Jornal da
Ciência Online. Data: 4/04/2013.
Desde terça-feira, 2 de abril, pesquisadores têm acesso a um
raro acervo da literatura brasileira. Interessados podem agendar sua visita ao
acervo de mais de 60 mil volumes, guardados num moderno edifício da recém-inaugurada
Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, que guarda importantes obras da
literatura brasileira, como o original de Grande Sertão Veredas, a primeira
impressão de Vidas Secas e um livro do Padre José de Anchieta sobre a gramática
guarani.
O precioso acervo está conservado num moderno edifício na
capital paulista.. Com 20 mil metros quadrados e 60 mil volumes, a biblioteca
está localizada na Cidade Universitária, zona oeste da cidade, e conta com
climatização, auditório, livraria da EDUSP (Editora da Universidade de São
Paulo), salas de pesquisa e leitura, laboratórios e anexos. O nome é uma
homenagem a Guita e José Mindlin, os principais responsáveis pelo grande
acervo. Em 2006, o casal doou sua coleção pessoal de 32 mil títulos e 60 mil
volumes à USP.
Além do acervo da Brasiliana, o prédio tem um segundo bloco,
previsto para ficar pronto em junho ou julho. Este módulo deverá abrigar o
Instituto de Estudos Brasileiros (IEB). O público que visitar o espaço vai
poder conferir a exposição com os cem livros e documentos mais valiosos da
Biblioteca até o dia 28 de junho. Também poderá conhecer a exposição permanente
"Não faço nada sem alegria", sobre a vida do casal Mindlin, a
formação da biblioteca, a construção do edifício, a conservação do livro, a
história da imprensa e o prazer da leitura, contados através de painéis,
imagens, textos e vídeos.
O prédio foi
inaugurado no dia 23 de março, durante evento com autoridades e convidados.
Estavam presentes Marta Suplicy, ministra da Cultura; Sonia Mindlin, filha do
casal que dá nome ao espaço; e Rodrigo Mindlin, arquiteto e autor do projeto
junto com Eduardo de Almeida. "A gente teve a incumbência de pensar um
espaço físico que poderia abrigar as pessoas de maneira humana, aberta, livre,
com um acervo de obras raras tão especiais como esse, que foi construído ao
longo de 80 anos", contou Rodrigo, que também é neto de Guita e José.
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