Fonte: Jornal do Brasil. Data: 21/06/2013.
Autoria: Luis Rios.
Em 9 de agosto de 2013, quando
estiver plenamente concluído o processo de inscrição no Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), das obras para o Programa Nacional do Livro
Didático (PNLD) para o ano letivo de 2015, o Brasil começará a escrever um novo
e importante capítulo na história desse projeto e nas metas relativas à
democratização do conhecimento e à melhoria da qualidade do ensino.
Refiro-me ao fato de, pela
primeira vez, as editoras poderem apresentar obras multimídia, que contemplem o
livro impresso e o digital. Esse é um significativo avanço, pois também
representam a inclusão digital de milhões de alunos das escolas públicas,
muitos deles ainda distantes dos tablets e computadores, equipamentos nos quais
podem ser lidos os e-books. A novidade beneficia igualmente os professores,
considerando que eles também recebem as obras.
Esse avanço editorial é um significativo
avanço das obras de educação brasileira. Representa um desafio para o mercado
que tem a responsabilidade de responder à altura às mudanças positivas
introduzidas pelo poder público. A versão digital, segundo o Ministério da
Educação, deverá ter o mesmo conteúdo do material impresso e incluir objetos
educacionais digitais, como vídeos, animações, simuladores, imagens, jogos e
textos, dentre outros recursos capazes de auxiliar na aprendizagem.
Embora o regulamento do PNLD
2015 ainda permita a apresentação de obras somente na versão impressa, de
maneira a viabilizar a participação das editoras que ainda não dominam as novas
tecnologias, é muito desejável que as empresas aproveitem da maneira mais ampla
possível essa oportunidade de modernização e ampliação das mídias à disposição
dos alunos brasileiros. Mais do que uma alternativa comercial, esse avanço deve
ser visto sob a perspectiva de um novo patamar de qualidade do ensino nacional,
objetivo a ser cada vez mais compartilhado pela sociedade. Afinal, estamos
falando de uma previsão inicial de aquisição de aproximadamente 80 milhões de
exemplares, para atender a mais de 7 milhões de alunos, de 20 mil escolas do
ensino médio em todo o Brasil.
É um contingente expressivo
de jovens que poderão ganhar um novo e eficaz canal de aprendizado. É bom para
eles e para o país! Acompanhando a introdução do e-book, há outra novidade
interessante no PNLD 2015. Trata-se da inclusão dos livros de arte, além dos
componentes curriculares já atendidos na última edição do programa relativo ao
ensino médio: português, matemática, geografia, história, física, química,
biologia, inglês, espanhol, filosofia e sociologia.
É pertinente iniciar a trajetória
do e-book no ensino médio, cujos alunos, a maioria adolescentes, já têm mais
familiaridade com as linguagens digitais, para, depois, irem se disseminando
nas demais faixas de idade. O PNLD é executado em ciclos trienais alternados.
Desse modo, a cada ano são adquiridos e distribuídos livros para todos os
alunos de um segmento, que pode ser os anos iniciais ou finais do ensino
fundamental ou o ensino médio. Paulatinamente, nosso país caminha no sentido de
estabelecer novos referenciais de aprendizado para os estudantes das escolas
públicas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário