Vencedor
do Prêmio Jabuti com o livro "A sombra do amado" no ano de 2001,
Marco Lucchesi apresenta uma obra que fala sobre a transição do Império para a
República. O romance "O bibliotecário do imperador" tenta mostrar
todos esses fatos sob o olhar do último responsável pelos livros de Dom Pedro
II.
O
personagem da história é Ignácio Augusto Cesar Raposo, bibliotecário de dom
Pedro II e testemunha dos bastidores do Palácio de Petrópolis e da Corte no Rio
de Janeiro. Ele é usado pelo autor como um fio-condutor, para que ele apresente
as alterações no tabuleiro de poder e na vida cotidiana do Rio de Janeiro a
partir da Proclamação da República.
O
autor apresenta Ignácio Augusto como um herói pouco comum, pois ele procura dar
destino nobre para a vasta biblioteca que o imperador deixa no Brasil antes de
partir para o exílio na Europa.
Lucchesi
aposta na metalinguagem em seu livro. O romance começa com uma nota de um
suposto revisor, que faz crítica ao próprio autor. Em seguida, há uma carta de
Ignácio Augusto para Adriano Ferreira, um de seus desafetos.
Já o
narrador só entra em cena depois destas duas intervenções. Ele avisa ao leitor
que precisa percorrer um "labirinto de cartas e insultos" para contar
sua história e chega a discutir com os personagens ao longo dos capítulos. Tudo
é montado para que não se perceba exatamente quem está falando ou em quem se
pode confiar, exatamente como ocorria nos tempos de transição entre o Império e
a República, época em que vive o bibliotecário Ignácio Augusto.
Ficha
técnica:
Título: O
bibliotecário do imperador
Autor: Marco
Lucchesi
Gênero: Romance
Páginas: 112
Preço:
R$ 29,90
ISBN: 978-85-250-5531-6
Editora: Biblioteca
Azul
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