Mesa-redonda é sobre livro A Trégua, de Primo Levi,
escritor italiano que esteve preso no complexo de extermínio nazista
Auschwitz-Birkenau
A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) promove, nesta terça-feira
(27), às 17h30, mesa-redonda sobre o livro A Trégua, de Primo Levi, escritor
italiano que esteve preso no complexo de extermínio nazista Auschwitz-Birkenau.
Na obra, publicada em 1963, Levi descreve os dias que no campo de concentração até o regresso a Turim, cidade onde nasceu. O evento terá transmissão ao vivo e contará ainda com pequena exposição do próprio acervo da FBN.
O presidente da FBN, Renato Lessa, lembra, em texto introdutório ao evento, que foi em 27 de janeiro de 1945 que um grupo do Exército Vermelho chegou ao complexo de Auschwitz e encontrou os sobreviventes. O encontro com soldados russos e os últimos dias na enfermaria do campo são alguns dos temas abordados no livro.
"Primo Levi jamais poderia atribuir a seu livro um hipotético título, tal como A Libertação. Aquilo que antes ele já nos havia revelado em É isto um homem? – uma narrativa sobre a vida em Auschwitz (e não apenas a morte) – impediu a adoção de qualquer inclinação otimista: depois de Auschwitz sobrevém não a liberdade, mas a trégua", escreve Lessa.
O objetivo do encontro é fixar a atenção sobre a data e permitir uma reflexão sobre viver em "estado de trégua". "É um estado que abriga questões liminares e extremas: trauma, verdade, limites e recursos da linguagem e da representação, memória, transmissão, testemunho e a forma de vida dos humanos", lembra o presidente da FBN.
Além da mesa-redonda, será apresentada pequena exposição de fotos, livros e imagens do acervo da Biblioteca Nacional e de acervos privados relacionados a Auschwitz e às consequências do Holocausto. A transmissão ao vivo será realizada pelo Instituto Embratel e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa.
Fonte: Ministério da Cultura
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