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25 de nov. de 2016

100 anos do Samba: Biblioteca Nacional faz homenagem

Para comemorar o centenário do samba, celebrado em 27 de novembro, a Fundação Biblioteca Nacional inaugura a exposição virtual “Ai, ai, ai… cem anos o samba faz!”. A mostra, composta por mais de 40 itens, resgata a memória do ritmo brasileiro nascido a partir do registro de Pelo Telephone, do músico e compositor Donga, no departamento de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional.
Em 1898, com a promulgação da Lei n º 496, que definiu e garantiu os direitos autorais, os músicos da época puderam registrar suas composições. Em 27 de novembro de 1916, o samba ganhou “certidão de nascimento”, tornando-se a primeira música identificada como tal a fazer sucesso.
Dentre as peças da exposição, estão a partitura original de “Pelo Telephone” (1916) e algumas canções como ‘Ai que saudade da Amélia’ (Mario Lago e Ataulfo Alves), ‘A flor e o espinho’ (Nelson Cavaquinho) e ‘Ave Maria no morro’ (Herivelto Martins).
Serviço:
Exposição virtual ‘Ai, ai, ai… cem anos o samba faz!’

Período: a partir de 27/11/16.

31 de out. de 2016

Registro autoral pode ser realizado pela Biblioteca Nacional

Fonte: Portal Brasil. Data: 28/10/2016.
O registro permite o reconhecimento da autoria, especifica direitos morais e patrimoniais e estabelece prazos de proteção tanto para o titular quanto para seus sucessores
O registro das obras intelectuais é importante para resguardar os direitos de autor e a Biblioteca Nacional oferece esse serviço por meio de seu Escritório de Direitos Autorais (EDA).
De acordo com a Lei nº 9.610/98, o registro de direitos autorais tem por finalidade dar ao autor segurança quanto ao direito de criação sobre sua obra. O registro permite o reconhecimento da autoria, especifica direitos morais e patrimoniais e estabelece prazos de proteção tanto para o titular quanto para seus sucessores.
De acordo com a Biblioteca Nacional, o registro autoral não é obrigatório, ele tem conteúdo meramente declaratório. Para efetuar o registro, é preciso preencher o formulário de requerimento e averbação.
O registro é feito mediante uma taxa de pagamento, que varia conforme a tabela de tipo de obra. O pagamento deve ser feito via Guia de Recolhimento da União (GRU). Ao final do processo, o requerente recebe uma certidão que é enviada pelos correios para o endereço que constar no pedido.

É possível registrar o layout de um site, mas um software não, já que é o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) que cuida dessa área. Não é possível registrar nomes de banda, slogans, legendas ou expressões de propaganda. Já as músicas têm um registro diferenciado. 

30 de out. de 2016

29 de outubro: aniversário da Biblioteca Nacional

Fonte: Opinião & Crítica. Data: 29/10/2016.
Considerada pela Unesco uma das dez maiores bibliotecas do mundo, a Biblioteca Nacional do Brasil é também a maior da América Latina. Sua criação está diretamente ligada à história do país.
O embrião da biblioteca surgiu em Portugal, através do trabalho de Diogo Barbosa Machado (1682-1772). Nascido em Lisboa, no reinado do príncipe regente português Dom Pedro (1683-1706), que depois viria a ser Dom Pedro II de Portugal, Diogo era o segundo de três filhos de um capitão militar português.
Sua família não era rica, mas os três irmãos alcançaram sucesso profissional. Inácio, irmão mais velho de Diogo, formou-se magistrado e trabalhou como juiz de fora na Bahia, no Brasil colonial. Ao morrer, deixou o acervo de sua biblioteca, com mais de 2 mil volumes, sob os cuidados de Diogo.
O mais novo dos três irmãos, José, se tornou cronista oficial da Casa de Bragança, enquanto Diogo começou a estudar direito canônico em Coimbra. Em 1728, foi nomeado abade de Santo Adrião de Sever. Apesar de essa abadia ser apenas uma pequena igreja de madeira na comarca do Porto, o título garantia nobreza e alguma renda a Diogo, que nessa época já fazia parte da Real Academia da História, criada por D. João V para enaltecer a história de Portugal e suas conquistas ultramarinas.
Foi então que Diogo iniciou seu mais notável trabalho: a Biblioteca Lusitana, que, apesar do nome, não era um espaço destinado a livros, mas sim um catálogo de mais de 5 mil livros portugueses, em ordem alfabética.
Paralelamente às atividades da Real Academia, Diogo tinha o costume de colecionar livros, pequenas obras sem encadernação, mapas e gravuras. Esse costume era facilitado pela vida em Lisboa, que tinha uma efervescência cultural e grande presença de europeus letrados. Assim, Diogo criou uma poderosa livraria, que tinha entre 4 mil e 5 mil exemplares.
Em 1755, um terremoto destruiu e incendiou vários prédios de Lisboa, incluindo o prédio da Real Biblioteca, criada por D. João V. Esse episódio aumentou ainda mais a obsessão de Diogo por preservar obras da ação do tempo e de desastres. Em 1770, já idoso, Diogo decidiu doar seu acervo para a Real Biblioteca, recebendo do então rei português D. José uma pensão vitalícia, da qual usufruiu pouco, pois morreu dois anos depois.
Em 1808, a Família Real portuguesa veio para o Brasil, fugindo de Napoleão Bonaparte, trazendo em caixotes todo o acervo da Real Biblioteca, já com 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas.
Inicialmente, o acervo foi acomodado nos andares superiores do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, que ficava na Rua Direita, (atual Rua Primeiro de Março), no Rio de Janeiro. No entanto, D. João VI considerou o local inadequado e em 29 de outubro de 1810 decretou que se erguesse a Real Biblioteca (atual Biblioteca Nacional) no espaço onde ela está atualmente (Av. Rio Branco, 219), que, na época, servia catacumba aos religiosos do Carmo. O acesso ao público, no entanto, só foi franqueado a partir de 1814.

Atualmente, o site oficial da Biblioteca Nacional do Brasil calcula um poderoso acervo estimado em mais de 10 milhões de itens.

1 de set. de 2016

Obras raras da Biblioteca Nacional ganham forma inédita de exibição

Fonte: Agência Brasil. Data: 22/08/2016.
URL: http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2016-08/obras-raras-da-biblioteca-nacional-ganham-forma-inedita-de-exibicao
Com cerca de 9 milhões de volumes, a Biblioteca Nacional é a oitava do mundo e a maior da América Latina. Possui um valioso acervo que inclui raridades bibliográficas, entre elas as 60 mil peças que chegaram ao Brasil no início do século 19, trazidas por Dom João VI e a corte portuguesa, para constituir o núcleo original do que é hoje a biblioteca sediada no centro do Rio de Janeiro.
Uma proposta expográfica inédita permite que 507 obras originais desse acervo possam ser vistas pelo público, na mostra Gabinete de Obras Máximas e Singulares, que a Biblioteca Nacional inaugurou na semana passada. A exposição integra à arquitetura dos corredores do 3° e 4° andares 18 vitrines, especialmente construídas e climatizadas para abrigar o acervo. 
São obras que exigem muito cuidado para a sua preservação, o que inviabilizava sua exibição, a não ser por meio de fac-símiles, nas tradicionais vitrines expositoras horizontais. A solução encontrada pela curadora Claudia Fares e pelo arquiteto Temer Neder foi a verticalização, ideia que buscou inspiração nos gabinetes de curiosidades, comuns nos séculos 16 e 17 na Europa.
Obras da antiguidade clássica, animais empalhados, autômatos, minerais, fósseis, fragmentos de meteoritos, esculturas, sementes, plantas conservadas em frascos, instrumentos musicais são exemplos das peças que compunham os gabinetes de curiosidades. Organizados por eruditos, naturalistas, profissionais liberais e nobres interessados pela ciência e pela arte, os gabinetes eram originalmente locais de estudos, periodicamente abertos ao público, e tiveram seu apogeu com a descoberta do Novo Mundo e a curiosidade em torno dos itens então considerados exóticos
“Eles tinham uma forma de expor muito fascinante e rica. A maneira de associar as obras era sincrética, eles juntavam as coisas da natureza e as da cultura, as de Deus e as dos homens”, explica Claudia Fares. Os mesmos critérios dos eruditos e naturalistas dos séculos 16 e 17 foram utilizados pela curadoria na disposição das obras na exposição.
De acordo com a curadoria, as obras selecionadas são máximas, “por serem superlativas em significado, e singulares por serem, em si mesmas, únicas, o que as qualifica, todas, como raras”. Exibidas pela primeira vez, essas obras raras incluem até mesmo os catálogos dos gabinetes de curiosidades, que vieram de Lisboa como parte da biblioteca real.
“Não tenho dúvida de que essa forma de apresentar as obras vai tornar mais atrativas as exposições na Biblioteca Nacional”, aposta Cláudia Fares. Além dos estudantes e pesquisadores que frequentam suas salas de leitura, a instituição recebe visitantes, nacionais e estrangeiros, interessados em conhecer o acervo, a arquitetura imponente e as obras de arte do prédio.

A exposição Gabinete de Obras Máximas e Singulares fica em cartaz até 31 de outubro e pode ser vista de terça a sexta-feira, das 10h às 17h e aos sábados, das 10h30 às 14h. A entrada é grátis e a Biblioteca Nacional fica na Avenida Rio Branco, 219, na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro.

10 de ago. de 2016

Nomeados novos presidentes da Biblioteca Nacional e da Funarte

Fonte: Agência Brasil. Data: 9/08/2016.
A Fundação Nacional de Artes (Funarte) e a Fundação Biblioteca Nacional (FBN) têm novos presidentes. Os decretos com as nomeações, assinados pelo presidente interino Michel Temer estão publicados no Diário Oficial da União desta terça-feira (9).

A Fundação Biblioteca Nacional terá, como presidente, Helena Porto Severo da Costa, em substituição a Renato Andrade Lessa. Para a presidência da Funarte, foi nomeado Humberto Ferreira Braga, no lugar de Francisco Bosco. (...)

18 de mai. de 2016

Biblioteca digital luso-brasileira

Fonte: Agência Brasil. Data:10/05/2016.
Autoria: Isabela Vieira.
Conhecer o acervo da Biblioteca Nacional de Portugal, incluindo originais da Torre do Tombo, que guarda arquivos históricos das navegações e da chegada dos portugueses ao Brasil, em Lisboa, já é possível sem precisar cruzar o Oceano Atlântico.
Por meio de uma parceria com a Biblioteca Nacional, o acervo das duas instituições está sendo digitalizado e colocado à disposição do público na internet. São milhares de títulos dos dois países, incluindo jornais e revistas, que podem ser acessados a qualquer hora do dia, de qualquer lugar do mundo. A expectativa é atrair cerca de 100 mil acessos por mês.
O material está reunido no portal Biblioteca Digital Luso-Brasileira, disponível a partir de hoje (10), com mais de 2 milhões de documentos, sob domínio público, de várias épocas e gêneros. Entre eles, a primeira edição de Os Lusíadas, de Luís de Camões, de 1572, e a Carta de Abertura dos Portos, de 1808, assinada pelo príncipe regente, Dom João de Bragança, quatro dias após a chegada da família real à Salvador.
“É a primeira iniciativa a reunir coleções de língua portuguesa, preservando o material – porque, no momento que você digitaliza, você evita o manuseio do original – e o mais importante, democratizando o acesso”, disse a coordenadora da biblioteca, Angela Bettencourt.
O acervo da Biblioteca Luso-Brasileira conta também com obras de 30 instituições de Portugal e mais 20 do Brasil, incluindo o Real Gabinete de Leitura, fundado por imigrantes portugueses no Rio, em 1837. O prédio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Estadual.
Esta é a primeira vez que bibliotecas de países de língua portuguesa se juntam para disponibilizar seus acervos conjuntamente e buscam se igualar a outras iniciativas mundiais. Na Europa, a Biblioteca Digital Europeia – Europeana, tem o maior acervo digital do mundo, com mais de 53 milhões de títulos entre livros, desenhos, pinturas, mapas, vídeos e fotos.
De acordo com a coordenadora, o próximo passo é integrar acervos de países de língua portuguesa de outros países e o primeiro deve ser Moçambique. “Eles já vieram aqui fazer um estágio e, provavelmente, serão os primeiros a se juntar nesta iniciativa”. A Biblioteca Digital Luso-Brasileira foi concebida em software livre.

Detalhes no URL: http://bdlb.bn.br/

21 de abr. de 2016

Biblioteca Nacional Digital completa 10 anos

A BNDigital, da Biblioteca Nacional, está completando 10 anos neste mês. Tudo começou com o acervo digital proveniente de projetos temáticos de digitalização iniciados em 2001, e que totalizavam cerca de três mil documentos digitais. Hoje, o público tem livre acesso a mais de um milhão e meio de documentos, entre livros, fotografias, mapas, manuscritos e periódicos. Além de disponibilizar seu acervo, também está presente nas mais importantes iniciativas de consórcios de bibliotecas digitais do mundo, como a World Digital Library, a Biblioteca Digital do Patrimônio Ibero Americano e a Biblioteca Digital Luso-Brasileira.
Em 2012, lançou a Hemeroteca Digital Brasileira, portal de pesquisa online em periódicos, através do qual é possível fazer pesquisas textuais no conteúdo de mais de 13 milhões de páginas de mais de cinco mil jornais e revistas digitalizadas.

Detalhes no URL: https://bndigital.bn.br/

13 de nov. de 2015

Biblioteca Nacional: vazamento molha acervo

Fonte: Folhapress. Data: 07/11/2015.
Um novo vazamento de água na Biblioteca Nacional, no centro do Rio, molhou parte de seu acervo e fechou o espaço, que exibe exposição sobre o aniversário de 450 da cidade.
O acidente, revelado neste sábado (7) pelo jornal "O Globo", ocorreu na última segunda-feira (2), dia em que a biblioteca não abriu, por causa do feriado de Finados. O vazamento foi causado por um estouro em um dos registros de água no terceiro andar do prédio. Um dos brigadistas que trabalha na biblioteca reparou o acidente e desligou o sistema de distribuição, mas ainda assim a água vazou para os andares abaixo. Algumas obras do acervo, computadores, impressoras e o tapete do salão de exposições ficaram molhados.
As gravuras e mapas da exposição sobre os 450 anos do Rio foram retiradas a tempo e não sofreram danos. A reabertura da mostra está prevista para a próxima terça-feira (10). O restante do acervo já está aberto ao público desde sexta-feira (6). A biblioteca, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que todos os livros que foram expostos à água passaram por secagem, com mata-borrões (folhas que absorvem líquidos) e circuladores de ar, e já estão recuperados, assim como os aparelhos eletrônicos.
Em 2012, o prédio já havia sofrido com vazamentos de água, causados por problemas no sistema de ventilação do prédio. Na ocasião, os funcionários montaram um força-tarefa para evitar a perda de obras importantes do acervo. A deterioração da estrutura da biblioteca, fundada em 1910, tem sido alvo de reclamações dos funcionários e frequentadores do local. Desde o início de 2014, foi dado início a um processo de reforma e, desde então, o prédio se tornou um canteiro de obras.
As intervenções estão ocorrendo em três fases. No início deste ano, foram concluídas as obras no telhado, que custaram cerca de R$ 8 milhões. Atualmente, o sistema elétrico do prédio passa por uma reformulação, iniciada no início de 2015 e deve terminar em 2015, com custo de R$ 4 milhões. Por último, será realizada a reforma da fachada do prédio histórico, que, hoje, está coberta de tapumes. Como ainda será realizada a licitação das obras da parte externa, a direção da biblioteca não divulgou as estimativas de custos e previsão de término da obra.

Os recursos para a intervenção são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, com empréstimos do BNDES.

12 de ago. de 2015

Passado e futuro do Rio em exposição na Biblioteca Nacional

Fonte: Agência Brasil. Data: 6/08/2015.
Autoria: Flávia Villela.
Gravuras, ilustrações, cartas, mapas, fotografias, charges e partituras de um Rio que já não existe, registros de ideias urbanísticas que nunca saíram do papel e de intervenções que trazem de volta o que um dia foi destruído. Essas e mais de 200 peças estão na exposição Rio 450 anos – Uma História de Futuro, inaugurada hoje (6) na Biblioteca Nacional, Centro do Rio, como parte do calendário de comemorações do aniversário da cidade.
O curador da mostra, Marco Lucchesi, explicou que as peças escolhidas buscam expor o Rio como uma cidade que sempre apostou no futuro. “A ideia era pensar o Rio como grande personagem real, mas também uma cidade sonhada e projetada para o futuro e, sobretudo, pensar a contemporaneidade que, daqui a pouco, já é passado; por isso quase não vemos rostos, mas grandes multidões ou anônimos. ”
De obras raras a fotos de jornais, a história da cidade é contada por meio da arquitetura e do urbanismo, da vida política, religiosa, cultural e esportiva da população carioca. O desmonte do Morro do Castelo, a construção da Avenida Presidente Vargas, a demolição da Avenida Perimetral estão expostas na mostra.
Para o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Renato Lessa, as constantes mudanças na paisagem urbana da cidade, explicitadas na exposição, refletem uma cidade que sente saudade de si mesma. "Se formos ver as principais inovações que estão sendo feitas no Rio, hoje, elas são de restauração, com paisagens que estão sendo devolvidas [com a demolição da Perimetral] e o bonde que está voltando. Então, essa exposição é um convite para uma imaginação que é projetiva, de pensar a cidade para o futuro, mas também prospectiva, de pensar quantas possibilidades já abrigamos na história da cidade."

Ele ressalta que a exposição também fala da própria casa. Inaugurada em 1810, a biblioteca é uma das maiores do mundo, de reconhecimento internacional, mas também é uma biblioteca carioca. "Parte da história da biblioteca se confunde com a da própria cidade. A ideia da exposição, então, é mostrar o Rio da Biblioteca Nacional e, ao mesmo tempo, a cidade dando sentido à biblioteca que guarda um material que nos ajuda a refletir sobre o que a cidade foi, deixou de ser e ainda pode ser." (...)

16 de mai. de 2015

Novo livro: "A representação da informação na Biblioteca Nacional: do documento tradicional ao digital"

Desde 1810, quando d. João VI trouxe ao Brasil o acervo de sua coleção de livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas e inaugurou a Real Biblioteca no país, até o momento atual, em que a ciência da informação é uma disciplina instituída, as atividades de tratamento da informação não param de se transformar.
A trajetória das mudanças ocorridas na Real Biblioteca, hoje Biblioteca Nacional, e sua relação com a memória da ciência da informação no Brasil é narrada em A representação da informação na Biblioteca Nacional: do documento tradicional ao digital, de Ângela Monteiro Bettencourt. O livro, lançado pela Fundação Biblioteca Nacional e oferecido em formato PDF na BNDigital, é o primeiro volume da Coleção Ramiz Galvão, criada para divulgar estudos nas áreas da biblioteconomia e ciência da informação.
A autora é coordenadora da Biblioteca Nacional Digital – BNDigital e reúne a experiência de mais de trinta anos de exercício da profissão de bibliotecária na maior biblioteca do país. O livro surgiu como resultado da dissertação de mestrado da autora, que utilizou o rico acervo da própria Biblioteca Nacional para pesquisar sobre processamento técnico antes do aparecimento do digital.
A pesquisa acompanha a evolução dos padrões, normas e protocolos para a representação da informação na Biblioteca Nacional, incluindo os atuais sistemas de documentação digital. “O tratamento da informação digital na Biblioteca Nacional reflete o tratamento da informação de uma maneira geral. A Biblioteca Nacional é a instituição de memória mais antiga do Brasil e sempre foi a agência bibliográfica referencial para outras instituições. Fomos pesquisar o passado para estudar a representação atual da informação digital”, conta Ângela.
A pesquisadora explica também a relevância do tema para as bibliotecas modernas: “a informação digital equaliza duas questões antagônicas entre si – a preservação e o acesso à informação. Trata-se do futuro da informação, principalmente porque o potencial de acesso é multiplicado, várias pessoas podem acessar sem que o suporte se deteriore, ou seja, seriamente prejudicado”, justifica.
A BNDigital (http://bndigital.bn.br) oferece na internet grande parte dos mais relevantes documentos guardados pela Fundação Biblioteca Nacional. E, assim, proporciona tanto a disseminação do conhecimento quanto a preservação dos originais, evitando seu manuseio.
Voltado para profissionais, pesquisadores e estudantes de biblioteconomia, ciência da informação e áreas afins, o livro A representação da informação na Biblioteca Nacional preenche um espaço fundamental na discussão de temas como tratamento de coleções no país e armazenamento de documentos nos formatos analógico e digital.





9 de mai. de 2015

Um olhar sobre a catalogação no Brasil

Com quase 140 anos de história, o periódico Anais da Biblioteca Nacional serve tanto à divulgação do vasto acervo da Fundação quanto à discussão de assuntos técnicos relacionados a organização e preservação de documentos. A edição número 131 trata, sobretudo dessa última função: nela estão publicadas as principais questões atuais da Biblioteconomia e da Ciência da Informação, relatadas no I Encontro Nacional de Catalogadores (I Enacat) que ocorreu há três anos, juntamente com o III Encontro de Estudos e Pesquisas em Catalogação (III EEPC).
Segundo a idealizadora e organizadora do Encontro e também coordenadora de Serviços Bibliográficos da Biblioteca Nacional, Luciana Grings, o evento promoveu uma reunião entre trabalhos acadêmicos e produções de profissionais. “A ideia do encontro surgiu porque percebemos que a BN precisava voltar a fomentar a produção de trabalhos técnicos em Biblioteconomia”, explica Luciana.
Além de publicar a maior parte dos trabalhos apresentados no Encontro, a edição também reproduz na íntegra um dos documentos mais importantes do acervo da Biblioteca Nacional na área de Biblioteconomia, o Plano do Catalogo Systematico da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, que, em 1883, guiou as políticas de organização da coleção da Biblioteca Nacional. O plano também prenunciou o papel que seria consagrado à instituição no século seguinte, o de agência bibliográfica nacional, responsável por toda a produção bibliográfica no país.
Com esta edição, o periódico Anais da Biblioteca Nacional reitera sua função de principal publicação a divulgar o vasto material memorialístico da instituição, contribuindo para a preservação do patrimônio histórico e cultural do país. “A publicação desses trabalhos nos Anais da Biblioteca Nacional representa o reconhecimento ao trabalho do bibliotecário e o compromisso com a evolução da área no país”, completa Luciana Grings.
Para mais informações sobre os Anais da Biblioteca Nacional e acessar as edições anteriores, conheça as páginas da publicação na Hemeroteca Digital:

11 de fev. de 2015

Raridades na Biblioteca Nacional

O que membros da corte brasileira comeram durante o último baile do Império na Ilha Fiscal? Como era a planta de um navio negreiro que transportava escravos ou o primeiro atlas impresso? Essas são algumas raridades guardadas na Divisão de Obras Raras da Fundação Biblioteca Nacional (FBN). Muitas delas também estão disponíveis online na Biblioteca Nacional Digital.
A Divisão foi criada em meados do século 20, por decreto presidencial, a partir de uma seleção do acervo geral da FBN. Embora não haja número exato de obras, calcula-se que são tantos títulos nessa seção que eles ocupariam uma estante linear de 2,1 km. O exemplar mais antigo foi doado por uma família no século 19. Trata-se de um manuscrito do século 11 com os quatro Evangelhos (Matheus, Lucas, João e Marcos).


Detalhes da Biblioteca Nacional Digital no URL: http://bndigital.bn.br/

2 de fev. de 2015

BN: calor na biblioteca

Fonte: Folha de S. Paulo. Data: 31/01/2015.
Autora: Por Luiza Franco.

Em meio a reclamações de servidores, que fizeram uma paralisação na terça (27) em protesto pelo calor na Biblioteca Nacional, alegando que o acervo corre risco, o presidente da instituição diz que a temperatura não afeta os livros abrigados no prédio, no Rio. Segundo os servidores, a temperatura na biblioteca chega aos 40ºC. Renato Lessa, o presidente, diz apenas que são superiores a 30ºC.
Em 2013, ao assumir o cargo, Lessa dizia que o calor era "horrível para os livros". Na ocasião, fora informado de que a temperatura beirava os 50°C no verão. Meses depois, houve uma reforma emergencial no ar refrigerado, mas servidores dizem que a situação não melhorou muito.
Lessa se baseia em Jayme Spinelli Jr., coordenador de preservação da biblioteca, para descartar o risco ao acervo, o maior da América Latina. Spinelli diz que a temperatura é mais baixa no acervo de livros raros, mais sensíveis. Mas, para ele, embora o calor acima de 30ºC seja "inadequado", não representa risco aos outros livros.

27 de jan. de 2015

´Servidores da Biblioteca Nacional fazem paralização

Fonte: O Tempo. Data: 27/01/2015.
URL: www.otempo.com.br/capa/brasil/servidores-da-biblioteca-nacional-fazem-paralisa%C3%A7%C3%A3o-por-conta-do-calor-1.980182
"Documentos e obras de valor inestimável sofrem expostos a altas temperaturas!", diz panfleto
A Biblioteca Nacional, no Rio, amanheceu fechada ao público nesta terça-feira (27), por conta de uma paralisação de 24h dos servidores, que reclamam das altas temperaturas e dizem que o acervo corre risco.
Por volta do meio-dia, cinco servidores faziam piquete na entrada da biblioteca, com faixas com dizeres como "um dia a casa cai" e "patrimônio em risco".
Também distribuíam um panfleto no qual pediam desculpas pelo transtorno e afirmavam que "essa luta é em benefício da preservação do acervo, por condições dignas de trabalho e pela segurança do servidor e do pesquisador/visitante".
"Documentos e obras de valor inestimável sofrem expostos a altas temperaturas!", diz outro trecho do panfleto.
APARELHOS ANTIGOS
A paralisação de 24h foi decidida pelos funcionários em assembleia na última quinta-feira (22).
A Biblioteca Nacional tem 59 aparelhos de ar condicionado grandes e antigos --segundo a atual gestão, foram instalados entre as décadas de 1970 e 1980--, com um histórico de mal funcionamento.
"Os aparelhos estão funcionando com capacidade de 70%, vários lugares estão frios. O problema é a idade dos aparelhos, que estão obsoletos há pelo menos 20 anos", disse Ângela Fatorelli, chefe de gabinete de Renato Lessa, atual presidente da biblioteca.
A reforma de 2013 no ar refrigerado, licitada na gestão de Galeno Amorim e executada pouco depois de Lessa assumir o cargo, em meados de 2013, foi pensada como solução temporária, enquanto não se instalava um sistema novo. Na ocasião, foram recuperados 49 aparelhos.
"No início da gestão, recuperamos [os aparelhos antigos], mas estão a 70%. Todos os laboratórios estão mais do que frios, os salões de leitura estão frios. Em algumas salas eles estão funcionando perfeitamente, mas, em relação à casa inteira, os aparelhos são obsoletos e está fazendo 50ºC".
LICITAÇÃO
Em 2013, Lessa disse que o projeto para a implantação do sistema definitivo seria contratado ainda naquele ano. Agora, a FBN diz que a licitação para a parte elétrica será aberta nesta quarta (28).
"Amanhã [quarta] vamos realizar a licitação da parte elétrica, que é condição necessária para a atualização do sistema. Se tudo der certo, em 45 dias teremos um vencedor e aí começam as obras", disse Fatorelli.
Segundo ela, os recursos para a obra na parte elétrica (R$ 8 milhões) foram liberados na última segunda (26). "Quando o Renato chegou aqui, não havia projeto para a parte elétrica, tivemos de fazer um, submeter ao Iphan e conseguimos ontem a liberação de R$ 8 milhões. Depois vamos ter de fazer as obras civis e, depois, a aquisição dos novos aparelhos. Todo esse processo pode levar até três anos".
A direção da casa questiona as afirmações dos servidores de que as obras raras estariam em risco por conta do calor.

"A biblioteca só passou a ter ar condicionado nos anos 1970, então todos os documentos ficaram sem ar condicionado até então. Não dá para dizer que os livros estão em risco, temos o aval do setor de restauração."

BN promove debate sobre Primo Levi

Mesa-redonda é sobre livro A Trégua, de Primo Levi, escritor italiano que esteve preso no complexo de extermínio nazista Auschwitz-Birkenau
A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) promove, nesta terça-feira (27), às 17h30, mesa-redonda sobre o livro A Trégua, de Primo Levi, escritor italiano que esteve preso no complexo de extermínio nazista Auschwitz-Birkenau.
Na obra, publicada em 1963, Levi descreve os dias que no campo de concentração até o regresso a Turim, cidade onde nasceu. O evento terá transmissão ao vivo e contará ainda com pequena exposição do próprio acervo da FBN.
O presidente da FBN, Renato Lessa, lembra, em texto introdutório ao evento, que foi em 27 de janeiro de 1945 que um grupo do Exército Vermelho chegou ao complexo de Auschwitz e encontrou os sobreviventes. O encontro com soldados russos e os últimos dias na enfermaria do campo são alguns dos temas abordados no livro.
"Primo Levi jamais poderia atribuir a seu livro um hipotético título, tal como A Libertação. Aquilo que antes ele já nos havia revelado em É isto um homem? – uma narrativa sobre a vida em Auschwitz (e não apenas a morte) – impediu a adoção de qualquer inclinação otimista: depois de Auschwitz sobrevém não a liberdade, mas a trégua", escreve Lessa.
O objetivo do encontro é fixar a atenção sobre a data e permitir uma reflexão sobre viver em "estado de trégua". "É um estado que abriga questões liminares e extremas: trauma, verdade, limites e recursos da linguagem e da representação, memória, transmissão, testemunho e a forma de vida dos humanos", lembra o presidente da FBN.
Além da mesa-redonda, será apresentada pequena exposição de fotos, livros e imagens do acervo da Biblioteca Nacional e de acervos privados relacionados a Auschwitz e às consequências do Holocausto. A transmissão ao vivo será realizada pelo Instituto Embratel e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa.

Fonte: Ministério da Cultura

23 de jan. de 2015

Lessa fica na BN

Fonte: O Globo. Data: 23/01/2015.
Autoria: Ancelmo Gois.

Em sua coluna, Ancelmo Gois adianta que o ministro [da Cultura] Juca Ferreira convidou o cientista político Renato Lessa para continuar como presidente da Fundação Biblioteca Nacional.

21 de jan. de 2015

Panorama da ilustração brasileira na Biblioteca Nacional

Data: 20/01/2015.
Fonte: Ministério da Cultura.
A Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, abre as portas para a exposição "Brasil: Incontáveis linhas, incontáveis histórias, um panorama da ilustração brasileira". Com curadoria da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), a mostra apresenta importantes obras do acervo da Biblioteca Nacional, além do trabalho dos 55 ilustradores contemporâneos de livros para crianças e jovens. A visitação é gratuita e segue até fevereiro de 2015.
As ilustrações contemporâneas dos 55 autores foram selecionadas originalmente para a 51º Feira do Livro para Crianças de Bolonha, na Itália, ocorrida em março de 2014, onde o Brasil foi o país homenageado. A exposição destaca ainda dois importantes nomes da ilustração brasileira: Ziraldo e Roger Mello.
Ziraldo, cuja trajetória de autor e ilustrador é um símbolo da criação de livros para a infância e a juventude, é o grande homenageado desta exposição. Já a mostra Roger Melo e seus Jardins, realizada pela FNLIJ em comemoração ao Prêmio Hans Christian Andersen-2014 foi agregada à exposição.

Por iniciativa do Ministério da Cultura (MINC) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), a exposição foi apresentada na Biblioteca Infantil de Moscou e na Biblioteca Central Lermontov de São Petesburgo. Esta foi a primeira itinerância da mostra. Também foi apresentada, com os originais, na 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em agosto de 2014, com apoio do Sesc-SP.

20 de dez. de 2014

Biblioteca Nacional digitaliza 740 mil obras

Fonte: Diário de Pernambuco. Data: 16/12/2014.
Autoria: Mariana Fabrício.
URL: www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/tecnologia/2014/12/16/interna_tecnologia,549513/fundacao-biblioteca-nacional-digitaliza-740-mil-obras-raras.shtml
Cerca de 740 mil obras raras, entre elas cartas escritas no período colonial, estão disponibilizadas no acervo digital da Biblioteca Nacional. O objetivo do projeto é democratizar e preservar os documentos.
As obras relacionadas no acervo são digitalizadas em alta resolução, numa cópia facsimilar perfeita. Quando disponibilizada no site, a população pode consultá-las à vontade, sem precisar manipular o original e correr o risco de estragá-lo. Também não é necessário pagamento de taxa. "É um trabalho para todos os brasileiros se orgulharem", comemora a coordenadora da BNDigital, Ângela Monteiro Bettencourt.

O trabalho de digitalização começou em 2006, mas só a partir do segundo semestre deste ano a BNDigital ficou disponível ao público. Entre os documentos escaneados estão Os Lusíadas, de 1572, de Camões, a Bíblia de Moguncia, de 1462, a Coleção Thereza Christina Maria, doada à biblioteca pelo próprio Imperador Dom Pedro II, a carta de Abertura dos Portos às Nações Amigas, escrita por Dom João de Bragança em 1808, além de partituras, mapas, gravuras e fotos que fazem parte da coleção que é considerada Memória do Mundo pela UNESCO.

18 de nov. de 2014

BN faz exposição da ilustração brasileira



Fonte: Portal Brasil. Data: 17/11/2014.
URL: www.brasil.gov.br/cultura/2014/11/exposicao-gratuita-destaca-panorama-da-ilustracao-brasileira
A Biblioteca Nacional abre as portas para a exposição "Brasil: Incontáveis linhas, incontáveis histórias, um panorama da ilustração brasileira".
Com curadoria da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), a mostra apresenta importantes obras do acervo da Biblioteca Nacional, além do trabalho dos 55 ilustradores contemporâneos de livros para crianças e jovens. A visitação é gratuita e segue até fevereiro de 2015.
As ilustrações contemporâneas dos 55 autores foram selecionadas originalmente para a 51º Feira do Livro para Crianças de Bolonha, na Itália, ocorrida em março de 2014, onde o Brasil foi o país homenageado. A exposição destaca ainda dois importantes nomes da ilustração brasileira: Ziraldo e Roger Mello.
Ziraldo, cuja trajetória de autor e ilustrador é um símbolo da criação de livros para a infância e a juventude, é o grande homenageado desta exposição. Já a mostra Roger Melo e seus Jardins, realizada pela FNLIJ em comemoração ao Prêmio Hans Christian Andersen-2014, foi agregada à exposição.
Por iniciativa do Ministério da Cultura (MinC) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), a exposição foi apresentada na Biblioteca Infantil de Moscou e na Biblioteca Central Lermontov de São Petesburgo. Esta foi a primeira itinerância da mostra. Também foi apresentada, com os originais, na 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em agosto de 2014, com apoio do Sesc-SP.
Além da exposição, a Fundação Biblioteca Nacional promove, nesta segunda-feira (17), a mesa-redonda "Um passeio pelo tempo: primórdios da ilustração no Brasil". O debate faz parte do ciclo de eventos ligados à exposição "Brasil: incontáveis linhas, incontáveis histórias" e contará com a participação da Professora Graça Lima (EBA/UFRJ) e do Professor Alexandre Guedes (CBA/UFRJ).
Serviço
Entrada: franca.
Endereço: Espaço Cultural Eliseu Visconti. Rua México s/nº (entrada pelo jardim), Centro, Rio de Janeiro (RJ).
Horário: Segunda à sexta, das 9h às 17h. Sábado, das 10h às 14h
Data: aberta até fevereiro de 2015

14 de out. de 2014

Situação precária das bibliotecas públicas



Fonte: Portal G1. Data: 10/10/2014.
URL: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2014/10/bibliotecas-publicas-tem-situacao-precaria-em-varios-estados-do-brasil.html
Em Manaus, a Biblioteca Pública está abandonada há 3 anos. No Rio, Biblioteca Nacional tem parte de acervo armazenado no cais do porto.
As bibliotecas públicas estão em situação precária em vários estados do Brasil. São livros ameaçados, poucos funcionários e prédio com estrutura inadequada – problemas que afastam leitores e também põem obras raras em risco.
Um senhor prédio. Mais de 100 anos guardando a história de Manaus. A Biblioteca Pública da cidade está abandonada há três anos. Mato ao redor, portas quebradas e pichações. Os livros foram para outro prédio, alugado, esperando pela obra que nem data para começar tem. 
A prefeitura de Manaus ainda negocia com o governo federal a liberação de verbas para a reforma. Já em Brasília, quem interditou a Biblioteca Demonstrativa foi a Defesa Civil, por problemas estruturais na marquise. A reforma começou em agosto e ainda deve levar mais quatro meses.
A Biblioteca Pública de Alagoas está fechada há três anos. Segundo a Secretaria de Cultura a obra demorou porque o prédio é tombado. E só no mês que vem a restauração ficará pronta.
Suntuosa, acervo de obras raras, a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro está entre as dez maiores do mundo. Na América Latina ocupa o primeiro lugar. Mas nem por isso escapa dos problemas. A reforma da rede elétrica e do telhado já começou. Mas ainda falta muito a fazer. A consequência da falta de espaço pode ser vista pelos corredores do prédio histórico.
Na época em que foi construído o prédio, há 104 anos, a capacidade era para 1 milhão de livros e documentos. Hoje, o acervo é de 10 milhões. E todos os meses chegam 25 mil novas publicações.
O jeito foi abrigar boa parte dos livros e jornais em prateleiras, em um antigo armazém de grãos do cais do porto.
O presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Renato Lessa, garante que as obras não correm risco. “Nenhum risco. Esse acervo está guardado ali, não está guardado em condições ideais, tanto não está guardado em condições ideais que nós vamos fazer obra no anexo”, afirma.
A biblioteca abriu concurso para escolha do projeto de arquitetura do novo prédio anexo, na zona portuária. O local vai receber parte do acervo para desafogar a estrutura da sede, no centro do Rio de Janeiro.
O presidente da entidade reconhece a dificuldade de resolver tudo com agilidade.
“Burocracia brasileira é terrível, você tem a pior combinação possível, que é de um lado urgência e do outro lado lentidão, isso enlouquece o gestor”, diz Renato Lessa.
A Associação dos Servidores da Biblioteca Nacional defende a contratação de mais profissionais especializados, melhores salários e mais recursos para os restauros.
Hoje o Brasil tem mais de 6 mil bibliotecas públicas. Segundo a pesquisadora Fabíola Farias, a rede chega a 98% dos municípios.
Mas isso não significa um serviço de qualidade. Boa parte do acervo vem de doações. E muitas bibliotecas não tem projeto pedagógico.
“Eu acho que a biblioteca pública no Brasil hoje não sabe o que fazer, o seu papel na formação de leitores, o seu papel na consolidação da cidadania. E é claro que faltam investimentos, a gente precisa de muito mais investimento nas bibliotecas”, afirma a mestre em Letras.
O Ministério da Cultura informou que 40 novos bibliotecários devem começar a trabalhar na Biblioteca Nacional do Rio já no mês que vem. O Ministério da Cultura disse também que vem ampliando os repasses para manutenção de bibliotecas.