12 de ago. de 2015

Publicações históricas do modernismo voltam às livrarias

Caixa Revistas do Modernismo 1922-1929 reúne reedições fac-similares de seis veículos que marcaram época
Fonte: Brasileiros. Data: 5/08/2015.

URL: http://brasileiros.com.br/2015/08/publicacoes-historicas-modernismo-voltam-livrarias/



Será lançada em São Paulo, nesta quarta-feira (5), a caixa Revistas do Modernismo 1922-1929. O local escolhido para o evento não poderia ser mais adequado: a Casa Mario de Andrade, centro cultural situado na Barra Funda, zona Oeste, instalado na residência em que viveu o autor de Macunaíma, um dos artífices da Semana de Arte Moderna de 1922.

Lançada em iniciativa conjunta entre a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin e a Biblioteca Mário de Andrade, as reedições fac-similares reúnem todos os números de seis publicações de vanguarda que circularam durante o período mencionado no título da caixa. São elas: Klaxon, Revista de Antropofagia, Verde, Terra Roxa e Outras Terras, A Revista e Estética.


A coleção foi organizada pelos professores Pedro Puntoni e Samuel Titan Jr., da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (USP), que tiveram acesso aos raríssimos originais por meio de três importantes frentes de preservação da história cultural do País: a Biblioteca Mário de Andrade, a Biblioteca Brasiliana, que reúne as coleções de Rubens Borba de Moraes e do casal Guita e José Mindlin, e o acervo do Centro de Documentação Alexandre Eulálio da Unicamp.
A lista de colaboradores das seis revistas configura um verdadeiro quem é quem da intelectualidade do País nas primeiras décadas do século 20. Além de Mário de Andrade, estão pares do escritor como Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida, Tarsila do Amaral, Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava, Menotti Del Pichia, Di Cavalcanti, Sérgio Milliet, Sérgio Buarque de Holanda, Paulo Prado, Raul Bopp, Blaise Cendrars e Victor Brecheret.

Os volumes que compilam cada uma das publicações são acrescidos de ensaios inéditos, que contextualizam o momento histórico de cada obra. Somados, os seis tomos da caixa têm 1182 páginas e reúnem, também, um caderno especial, derivado de estudos do bibliófilo Plinio Doyle, morto em 2000, que inclui nomes de todos colaboradores e seus respectivos pseudônimos, além de revelar a identidade de autores apócrifos nos textos originais.

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