Autoria: Eduardo Melo.
Fonte: E-book News. Data: 6/08/2015.
Se uma
editora pudesse descobrir em qual trecho de um livro os leitores mais
desistem, o que ela faria? Em breve, saberemos. A privacidade dos
leitores está novamente na mira.
Um
novo recurso, que rastreia o comportamento de consumidores de ebooks,
foi lançado pela Jellybooks. Chamado de candy.js, é um código
Javascript inserido dentro do ebook, cuja finalidade é
descobrir como o leitor lê o livro. As informações reunidas, são enviadas
para a editora, que pode então analisar os dados de vários leitores.
Para
o fundador da Jellybooks, Andrew Rhomberg, “os insights que reunimos
são fascinantes. A questão agora é a história que esses dados nos contam e que
impacto podem ter”. Para o Digital Book World, ele revelou
que a Penguin Random House UK estava entre os primeiros parceiros de
um programa piloto desta tecnologia.
Este
rastreamento já é amplamente utilizado pelas grandes livrarias
online. Amazon e Kobo foram as pioneiras no uso de dados de leitura
em variados recursos oferecidos aos leitores – um usuário da Amazon pode
ver, no seu exemplar do ebook, os trechos mais marcados por outros usuários; um
usuário da Kobo pode acompanhar seu tempo médio de leitura; e por aí vai.
A diferença é que, agora, as editoras também poderão obter estas informações.
Por
enquanto, o candy.js é incluído apenas em Advance Reader Copies (ARC),
cópias que as editoras encaminham a livreiros, jornalistas, revisores,
revistas, etc, antes do lançamento comercial dos ebooks. Normalmente,
esses ebooks são lidos em aplicativos para Android ou são
importados para serviços da Apple, como o iBooks. Enquanto o ebook
é lido, a Jellybooks coleta dados da leitura de cada pessoa. Os dados são
armazenados dentro dos ebooks, e ao usuário é permitido ler
online ou offline. Em compensação por receberem o ebook
gratuitamente, os leitores são solicitados a enviarem os dados. A Jellybooks,
então, distribui os resultados a autores e editores, organizados em gráficos e
figuras.
Como
ressalta o site Good
eReader, se a tecnologia for usada nos
ebooks vendidos nas livrarias, dificilmente os leitores terão qualquer
“compensação” por repassarem às editoras os seus hábitos de leitura.
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