Fonte: Portal
Terra. Data: 23/03/2016.
URL:
http://noticias.terra.com.br/brasil/joinville-ganha-biblioteca-publica-so-com-livros-em-alemao,4725a428bb97f84bb272e7dca1184324dk2pi4h1.html
Espaço reúne 5 mil títulos, que foram
reunidos entre a comunidade da cidade catarinense. Segundo diretor, iniciativa
é parte de esforço para fomentar interesse pelo idioma na região.
Maior cidade de Santa de Catarina,
Joinville passou a contar desde o início de março com uma biblioteca municipal
com um acervo exclusivamente em língua alemã. São cerca de cinco mil títulos
que foram reunidos entre a comunidade da cidade, fundada em1851 por uma
companhia colonizadora de Hamburgo.
A biblioteca funciona em um espaço da
Casa da Memória, ao lado do antigo cemitério protestante. Segundo o
diretor-executivo da Fundação Cultural de Joinville, Guilherme Gassenferth, o
acervo é resultado de anos de coleta entre várias famílias.
A maior parte das obras são romances
e livros de poesia. Estão disponíveis desde títulos obrigatórios de autores do
cânone alemão, como Friedrich Schiller e Johann Wolfgang von Goethe, até
autores que fizeram sucesso na década de 60 e 70, como o austríaco Johannes
Mario Simmel. "Não se trata de uma biblioteca alemã, mas de um acervo em
língua alemã. Também estão disponíveis exemplares traduzidos de alguns autores
estrangeiros, incluindo brasileiros", afirma Gassenferth.
Outras bibliotecas da região oferecem
livros em alemão, mas, segundo o diretor, a maioria tem um acervo reduzido ou
está ligada a clubes ou escolas particulares. "Não tenho levantamentos
precisos, mas acredito que esta seja a primeira biblioteca pública da região
exclusivamente dedicada à língua alemã com um acervo tão grande", afirma.
O ex-bancário e ex-professor Raulino
Rosskamp, de 76 anos e descente da primeira leva de imigrantes que colonizou a
região, foi responsável, junto com membros da Sociedade Cultural Alemã de
Joinville (SCAJ), pela coleta de dois mil exemplares, que foram doados para a
biblioteca. "Começamos a juntar tudo há uns cinco anos. Uma família
aparecia e dizia que não tinha mais espaço para os livros, que precisava se
mudar e esse tipo de coisa. Fomos guardando tudo", afirma Rosskamp, que
diz ainda preferir livros técnicos do que romances. (...)
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