Fonte: Agência EFE. Data: 25/01/2011.
Uma escola privada do estado americano do Tennessee exigirá o uso de iPads pelos estudantes de 8 a 18 anos com o objetivo de substituir os livros didáticos pelos tablets eletrônicos, informa nesta terça-feira a imprensa local.
A Webb School of Knoxville oferecerá aos alunos com menos recursos opções de aluguel de iPads, que custam no mercado americano US$ 500, indica Jim Manikas, diretor de tecnologia da instituição.
Ele explica que a medida também representa uma questão de "saúde" para os alunos, que, com o uso de tablets, deixam de carregar muitos livros e evitam mochilas pesadas.
"Temos alunos que carregam quase 20 quilos de livros didáticos, enquanto um iPad pesa menos de um quilo", assinala Manikas em declarações à imprensa americana.
Os funcionários da escola afirmam que sites de redes sociais como Facebook e Twitter terão acesso bloqueado dentro da instituição.
Elli Shellist, professora de inglês da Webb School, se mostrou "entusiasmada" com a medida. "Há coisas que podemos fazer muito melhor com esses tablets eletrônicos do que em textos de papel", destaca.
A escola do Tennessee se soma assim a outras instituições educacionais como a Seton Hill University, no estado da Pensilvânia, e a Universidade de Notre Dame, em Indiana, que anunciaram cursos exclusivamente por meio de iPads.
5 comentários:
Bem interessante, professor. Lembrei de uma matéria que passou no JN, se não me engano, sobre uma medida parecida do governador da Califórina, Arnold Schwarzenegger. Não consegui achar a reportagem, mas dê uma olhada neste link: http://meiobit.com/34952/governator-schwarzenegger-quer-livros-digitais-opensource-pa/
Maria Emília
Prof. Murilo, esta reportagem endossa o muito que ouvimos a respeito no XVI SNBU. Aponta, sem dúvida, a necessidade de mudanças a serem praticadas pelas instituições educacionais que desejarem ser reconhecidas como as que melhor atendem aos educandos da atualidade. Divulgue, por favor, o que mais puder sobre o assunto. Muito bom!
Muito interessante, contudo quando se exige o uso do IPad para crianças, a sensação que tenho é a de que estamos decretando o fim do livro em papel para uma geração inteira... Gosto muito de tecnologia, mas confesso que o livro em papel me fará muita falta.
Lícia Medeiros/RJ
Em oposição ao investimento em tecnologia avançada no sistema de ensino internacional, diante de planos e projetos para estimular a leitura no Brasil, assistimos, impotentes, ao absurdo sistema de devolução do livro didático, ao final do ano, pelo aluno da rede pública. Livros desgastados passam de mão em mão, a cada final de ano, até se tornar objeto imprestável. Não há margem para apego ou estímulo à composição de uma biblioteca pessoal, em que o aluno possa reforçar seus estudos ao longo de todo o ciclo de aprendizagem, não há estímulo para leitura, nem mesmo para o cuidado com o livro que passará adiante, por onde passou a borracha que deveria apagar os exercícios que lá ficam marcados.
Por que não começar por aí? O investimento na aquisição do livro didático individual deveria ser o primeiro passo.
os magos da tecnologia dizem que o futuro será assim. mas onde fica a caligrafia? o conhecimento gramatical, no contexto dos corretores eletrônicos? enfim, a nova geração, ao que parece, terá um desenvolvimento e uma performance cognitiva distinta. melhor? pior? certamente diferente.
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