Fonte: Época Negócios. Data: 13/03/2012.
URL: http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Resultados/noticia/2012/03/criancas-preferem-perguntar-ao-google-do-que-aos-pais.html
Google é o pai da informação para as crianças
A “geração Google” não se arrisca mais a perguntar aos pais as suas principais dúvidas sobre o mundo. De acordo com estudo realizado pelo centro de pesquisas britânico Birmingham Science, 54% dos jovens entre seis e 15 anos recorrem primeiramente ao Google quando têm qualquer dúvida. Os pais também perdem para os professores – 3% deles apenas pensam em questionar os seus mestres. Além de não serem a “referência” para esclarecerem as dúvidas dos jovens, os professores não são procurados em nenhuma hipótese por 9% dos jovens dessa faixa etária.
Os pais são lembrados em segundo lugar por esses jovens – 26% deles afirmaram que os pais são a chave para responderem às suas principais dúvidas. Mas há constatações piores: 34% dessas crianças não acreditam que seus pais são capazes de ajudá-los com a lição de casa e 14% (mais de um em cada dez jovens) não acham seus pais inteligentes. Considerando que a pesquisa foi feita no Reino Unido.
Um quarto das crianças também não sabe o que é uma enciclopédia. Uma em cada dez delas “chutaram” que seria algo para “cozinhar” ou “viajar”.
Outras alternativas
Se as crianças não encontram o que procuram no Google, a Wikipedia (essa enciclopédia eles conhecem) é a segunda alternativa – um quinto das crianças faz essa opção. O dicionário (impresso) também nunca foi utilizado por 19% dos jovens.
Se as crianças não encontram o que procuram no Google, a Wikipedia (essa enciclopédia eles conhecem) é a segunda alternativa – um quinto das crianças faz essa opção. O dicionário (impresso) também nunca foi utilizado por 19% dos jovens.
“Com as crianças crescendo em um ambiente digital é aceitável esse padrão. Nós queremos apenas ver como isso tem afetado as suas pesquisas e buscas. Não é surpresa que com as respostas à um clique, jovens geralmente utilizem o Google antes de recorrerem a seus pais, amigos e professores”, afirmou Pam Waddell, diretor do Birmingham Science.
Ele complementa que o cenário não é necessariamente ruim. “Ele mostra apenas como a tecnologia é um lugar comum para as crianças hoje e o quão confortável elas estão em utilizá-la. Crianças, não interessa de qual geração, cresceram com isso, e têm uma curiosidade natural. Então, o fato de serem capazes de usar as novas tecnologias para buscar respostas é positivo para o futuro”, disse.
A pesquisa também indicou que 31% dessas crianças já usam o iPad, Kindle ou algum computador para lerem livros. E, o que já não é uma novidade, eles também preferem se comunicar com seus amigos virtualmente: Facebook e e-mail são as ferramentas mais populares entre eles.
A pesquisa foi feita com 500 crianças britânicas entre seis e 15 anos.
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