Autoria:
Akemi Nitahara.
Fonte: EBC. Data: 23/11/2015.
O novo prédio da Biblioteca do Museu de Astronomia
e Ciências Afins (MAST) foi inaugurado hoje (23) encerrando as comemorações de
30 anos da instituição. Especializada em astronomia, história da ciência,
museologia, patrimônio de ciência e tecnologia, a biblioteca é aberta ao
público, com visita de segunda a sexta-feira. O MAST fica em São Cristóvão, na
zona norte do Rio de Janeiro, no mesmo terreno do Observatório Nacional.
O novo espaço foi batizado de Henrique Morize,
astrônomo francês naturalizado brasileiro que participou da Missão Cruls e foi
diretor do Observatório Nacional por 20 anos. São três pavimentos, com área
total de 1.200 m², equipado com salas de consulta, espaços multimídia, três
salas de aula, uma sala de professores e a secretaria do Programa de
Pós-Graduação em Preservação de Acervos de Ciência e Tecnologia (PPACT). A
construção custou R$3 milhões e foi financiada com recursos da Financiadora de
Estudos e Projetos (Finep), órgão vinculado ao Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação.
O novo prédio é espaçoso, com instalações modernas
para consulta ao acervo. No próximo ano está prevista também a instalação de
uma videoteca e uma biblioteca infantil, com área para oficinas.
Bibliotecária da equipe do Mast, Lúcia Lino destaca
que o espaço anterior, uma sala de 105 metros quadrados dentro do próprio
museu, já não comportava o tamanho do acervo, que chegou a 27 mil títulos, e
todos os serviços oferecidos aos diferentes públicos. “É um ganho
indescritível. A gente atendia o usuário, estudante, pesquisador, tudo. As
pessoas consultavam a internet, tiravam xerox, tudo no mesmo lugar. Aqui [no
primeiro andar] é o espaço para quem quer estudar, fazer uma pesquisa na base.
Lá no espaço de inclusão digital vai ter as atividades culturais, vai receber
grupos de escola”.
Durante a cerimônia de inauguração, também foi
assinado o acordo de comodato do acervo da Academia Brasileira de Ciências
(ABC), que ficará sob os cuidados do Mast. São 5.568 livros, 2.167 obras e
periódicos de referência, 2.973 trabalhos acadêmicos, 1.751 folhetos e 386
obras raras ou especiais.
A diretora do Mast, Heloísa Bertol, explica que a
instituição pretende ser oficialmente a fiel depositária do patrimônio
científico e tecnológico brasileiro, função que, de acordo com ela, já exerce.
Para isso, será apresentado um projeto para aprovação no Congresso
Nacional. De acordo a diretora, isso vai oficializar o que já está sendo
feito, que é a preservação dos acervos, tanto documentais - os arquivos
particulares dos cientistas - quanto os instrumentos científicos que vêm de
outras instituições. "Isso dá uma garantia às pessoas que depositam esse
material aqui, de que vai ser guardado perenemente", afirma. (...)
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